No mês em que São Paulo comemora seu aniversário - no caso, 457 anos - sua história sempre é relembrada. Parte dessa trajetória é mostrada no livro São Paulo: "Belle Époque" (Editora Nacional, R$ 44,90, 128 páginas). Tendo como base o desenvolvimento trazido a capital paulista por meio da riqueza oriunda do café, a publicação foge das características didáticas para prestar sua homenagem.

Lançada originalmente em 1974, a obra ganha edição de luxo e acréscimo de novas e belas ilustrações da artista plástica Diana Dorothèa Danon. Um conjunto de 70 imagens retrata grandes símbolos arquitetônicos que nasceram durante o antigo tempo em que o comércio do café era o principal alicerce da economia local. Construções como a Estação da Luz, o Museu Paulista, o Monumento à Independência e o Palácio das Indústrias estão espalhadas pelas páginas.

Os belos desenhos, feitos de maneira simples como se tivessem sido traçados apenas em nanquin e sem um acabamento final, são acompanhados por textos do urbanista Benedito Lima de Toledo. A cada capítulo, seu trabalho é tentar explicar as mudanças trazidas pelo café à cidade e como isso teve influência na arquitetura da época e em alguns pontos específicos, como a Avenida Paulista e o Centro.

As igrejas são elementos indispensáveis na histórias da cidade e são o tema de Memória e Tempo das Igrejas de São Paulo (Editora Nacional, R$48,90, 168 páginas). Capelas, paróquias e santuários são apresentados em 45 desenhos também de Diana Dorothèa Danon. No livro, ela tem a companhia do jornalista Leonardo Arroyo para relatar contos pitorescos de obras como a Catedral de São Paulo, a Igreja de São Francisco e a Basílica e Mosteiro de São Bento.

Antes de se tornar a metrópole agitada de hoje em dia, São Paulo precisou passar por processos históricos que hoje são relembrados em livros e ilustrações.