Pelo menos é o que quer o deputado João Almeida (PSDB-BA) que deverá ser o relator da Comissão de Reforma Política da Câmara, com previsão de ser instalada ainda em abril para discutir a legislação eleitoral do próximo ano.
“Precisamos aproveitar o know-how demonstrado pelos técnicos na Unicamp, que desvendaram a fraude no painel do Senado, e realizar uma checagem geral no sistema do voto eletrônico brasileiro que tem recebido várias críticas por falhas ocorridas na última eleição”, disse Almeida.
Ele lembrou o caso dos votos sumidos de um vereador de Eunápolis (BA), lacres rompidos e outros problemas minimizados pela Justiça Eleitoral.
“O problema é que o Tribunal Superior Eleitoral é apaixonado por essa ’maravilha‘ como consideram a urna eletrônica e se recusa a discutir o assunto”, disse, afirmando que caberá ao Congresso resolver o assunto para que as fraudes não continuem ocorrendo.
Fraudes – Opositor do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) na Bahia, Almeida manifesta particular preocupação com as próximas eleições que acontecerão no Estado.
“Pensávamos que ACM, velho fraudador de eleições na Bahia, estava curado depois que foi presidir o Senado. Mas como ele ousou violar o painel eletrônico da Casa, imagine o que essa fera solta não poderá fazer por aqui, ainda mais com a influência que exerce sobre o Tribunal Regional Eleitoral”, comentou Almeida.
Eleições – Para o deputado a grande vantagem de se começar a discutir a legislação para a próxima eleição a partir de agora é o longo que os parlamentares terão até o próximo pleito.
“Com essa auditoria no sistema de votação eletrônica será possível fazer um perfil completo sobre o funcionamento da urna e eliminar os possíveis brechas que permitem fraudes”, disse.
A fidelidade partidária, as coligações, o financiamento das campanhas e a divisão de tempo da propaganda eleitoral devem ser outros temas que a futura Comissão de Reforma Política vai tratar em suas reuniões.
Passado – Almeida também foi o relator da Comissão da Câmara que definiu as regras da primeira eleição quando foi utilizada a urna eletrônica. “Inicialmente as urnas imprimiam uma cópia do voto para o eleitor conferir, mas a pretexto de um suposto ’aperfeiçoamento‘ do sistema essa cópia foi eliminada, apesar dos protestos de vários parlamentares.”
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.