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Oito municípios do RJ ficam sem água devido à lama tóxica
Do Diário OnLine
02/04/2003 | 15:49
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A mancha de dejetos químicos provocada pelo vazamento de produtos tóxicos da empresa Cataguazes Celulose, em Minas Gerais, que está avançando em direção a Campos, no Rio de Janeiro, obrigou na tarde desta quarta-feira a suspensão no abastecimento de água aos moradores da cidade por questões de segurança. A captação de água do rio Paraíba do Sul, em São João da Barra, norte do Rio, também será suspensa no fim da tarde desta quarta.

De acordo com a Defesa Civil, a água contaminada pode provocar náuseas, vômitos, anemia e perda da consciência. No entanto, segundo técnicos da Federação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema), não há riscos de contaminação dos mananciais que abastecem a capital fluminense. Em Campos, 470 canais que irrigam plantações já foram fechados para evitar novas contaminações.

Para evitar problemas com a falta de água, a prefeitura de Campos anunciou que vai colocar nas ruas carros-pipa para garantir o abastecimento em locais prioritários, como hospitais e escolas.

Um relatório da Feema deve ser entregue nesta quarta-feira ao secretário estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Luiz Paulo Conde.

Na terça-feira, a empresa Cataguazes Celulose, responsável vazamento de 1,2 bilhão de litros de lama contaminada por produtos químicos, foi multada em R$ 50 milhões pelo Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente do Rio de Janeiro.

Em decorrência da contaminação, o abastecimento de água já foi suspenso nas cidades de Santo Antonio de Pádua, Miracena, Aperibé, Cambuci, Portela e São Fidélis.

A Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgotos) pede aos moradores da localidade que racionalizem água até que as condições da água do rio melhorem.

Deputado - O deputado estadual Carlos Minc anunciou que vai acionar judicialmente a Indústria Cataguazes e a Fundação de Meio Ambiente de Minas (Feam) pelo desastre ambiental que afetou boa parte do Estado do Rio.

Segundo Minc, a empresa será processada por operar sem licença ambiental e o órgão ambiental mineiro por omissão, já que permitiu o funcionamento de uma empresa irregular. Os responsáveis pela omissão podem pegar de 2 a 5 anos de detenção além de pagar multa.




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