Os cartazes exibidos na praça Rabin, entre retratos do ex-primeiro-ministro, traziam mensagens como "Sim à paz, não à violência" e "Será que nós aprendemos a lição?".
O dirigente foi assassinado com um tiro à queima roupa nesse mesmo local, durante uma manifestação de apoio à paz em 4 de novembro de 1995, por um judeu extremista, contrário aos acordos de Oslo (1993).
Os manifestantes, muitos deles jovens, foram protegidos por um forte aparato policial, que bloqueou a circulação de veículos nas ruas adjacente à praça.
Vários cartazes mostravam lemas de apoio à iniciativa de Genebra, o plano de paz extra-oficial elaborados por personalidades palestinas e israelenses, rejeitado no ano passado pelo governo de direita de Ariel Sharon.
Nenhum político foi convidado à tribuna, onde se revezaram os cantores mais conhecidos de Israel. Os organizadores queriam dar um caráter de união a essa comemoração diante das ameaças de "guerra fratricida" por parte da extrema-direita e do "lobby" dos colonos.
Israel Lau, ex-grande rabino de Israel, denunciou na tribuna a violência política e pediu união, assim como o ex-presidente do Supremo Tribunal Meir Shamgar.
Outros oradores, entre eles, a atriz Osnat Wishinky, que perdeu seu filho, soldado morto há alguns meses em Gaza, pediram a retirada israelense dos territórios ocupados e resistência às pressões da extrema-direita.
Na quarta-feira, na cerimônia oficial que lembrou os novos anos da morte de Rabin (segundo o calendário hebreu), o primeiro-ministro Ariel Sharon afirmou que o país nunca deveria esquecer a lição desse assassinato.
Sharon é cercado de medidas de segurança draconianas, que levam muito a sério as ameaças de morte que recebeu de setores da extrema-direita, radicalmente contra seu plano de retirada unilateral da Faixa de Gaza, aprovado na terça-feira pelo parlamento israelense.
Antes do seu assassinato, Rabin chegou a ser agredido verbalmente até por rabinos das colônias.
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