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Grana aposta em
consenso pela vice

Cinco siglas têm nomes cotados para compor chapa
com o pré-candidato do PT ao Paço de Santo André

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/05/2012 | 07:21
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Mesmo diante de corrente interna por chapa pura, o PT de Santo André, cuja pré-candidatura ao Paço é encabeçada pelo deputado estadual Carlos Grana, projeta resistir e fechar a dobrada em consenso com os partidos que formarão o arco de alianças. A estratégia de campanha tem como objetivo dar musculatura eleitoral do debutante em campo majoritário e ampliar a base de apoio em oposição à reeleição do prefeito Aidan Ravin (PTB).

Cinco legendas despontam para integrar o posto ao lado de Grana na chapa. No diálogo com a cúpula petista, os nomes cotados são do vereador José Ricardo (PSB), do deputado estadual José Bittencourt (PSD), da médica Ana Glória Silva (PSDC) e dos empresários Mário Camargo (PR) e Oswana Famelli (PRB). Até agora, quatro siglas já estão com o PT na aliança: PP, PSD, PSDC e PPL. O cenário da coligação de vice tende a ser sacramentado dentro de 40 dias.

A cúpula local do PT se reuniu na última semana com o interlocutor do PSD na Capital, José Police Neto, para selar a união. Na sexta-feira houve conversa com líderes do PR, como o deputado federal secretário-geral do partido, Valdemar Costa Neto, dando benção ao possível pacto. Desse encontro, os republicanos indicaram Camargo - ligado à área gráfica - para compor como vice dentro da tática de atingir o eleitorado da classe média, setor na cidade ao qual o PT encontra resistência desde a morte de Celso Daniel, em 2002.

Assim como Camargo, Oswana é cogitada pelo perfil empresarial - ela é presidente da Associação das Escolas Particulares do Grande ABC, além de aliar ao fato de ser mulher, gênero em ascensão na política, especialmente após o ingresso de Dilma Rousseff (PT) no Palácio do Planalto. O aspecto também tem impacto no cenário com Ana Glória.

Diferentemente dos outros três postulantes, José Ricardo e José Bittencourt têm bagagem eleitoral. Além de médico, o vereador socialista possui o apelo de atrair o voto do Segundo Subdistrito. Por outro lado, o deputado teria possibilidade de angariar sufrágios do setor evangélico.

Em função da proximidade do diálogo, a direção petista trabalha para firmar parceria entre oito a dez siglas. Segundo Grana, o acirramento político pela indicação do vice é natural. "Se existe a vontade é porque estão apostando no projeto e na chance de vencer a eleição. Isso é um poder de atração de lideranças."

Apesar do discurso de abertura da chapa, há alas internas que defendem veementemente chapa puro sangue. As quatro eleições vencidas pelo partido foram acertadas com dobrada petista, unindo grupos distintos dentro do PT. Em 2008, o parido perdeu o comando do Paço, ocasião em que abriu a chapa para o PDT na vice. Grana considera improvável consolidar a chapa somente com quadros do PT.




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