Em 1997, quando Rogério Ceni marcou seu primeiro gol da carreira, contra o União São João de Araras, o técnico que estava no banco do São Paulo era o mesmo de agora, Muricy Ramalho. Ele foi o primeiro treinador a apoiar e dar chance para o goleiro cobrar faltas e iniciar sua história de muitos gols. Essa chance foi recompensada hoje, quando Ceni bateu o recorde de gols e presenteou o treinador com a camisa com que ele chegou à marca.  “Fiquei contente pelo Rogério e ele fez uma surpresa que me disse estar planejando há muito tempo. Ele me deu a camisa que ele bateu o recorde. Na época ele treinava bastante e eu tive coragem de colocá-lo para bater faltas”, afirmou Muricy.

O técnico Muricy Ramalho saiu de campo satisfeito com o empate fora de casa hoje à tarde. Não tanto pelo ponto conquistado, mas por poder sentir que seu time tem mostrado força e poder de reação depois de perder o título da Libertadores para o Internacional e assimilar a morte do goleiro Weverson, na semana passada. “Reagimos bem aos problemas que passamos nos últimos dias, como a perda de um título e de um amigo nosso”, afirmou Muricy.

Segundo o técnico do Tricolor, o confronto com o Cruzeiro é exatamente como ele quer ver sua equipe jogando. “Uma partida movimentada, de quatro gols. Foi um jogo do jeito que eu gosto, com muita movimentação”, afirmou o treinador, que ainda explicou como foi o seu planejamento. “Tínhamos um plano de começar pressionando e todas as vezes que fomos à frente chegamos com perigo. Mas atacando assim, demos as chances do contra-ataque. Não mudamos nosso plano para o segundo tempo, mas voltamos com mais calma.”