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Cariocas aderem a campanha de doação de armas
17/09/2003 | 22:10
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A assistente social Maria Zélia Vieira, 68 anos, não sabia que tinha quatro armas em casa. Descobriu com a morte do irmão, em 1999, e só nesta quarta-feira resolveu se desfazer dos três revólveres e da pistola. Ela aderiu à campanha do desarmamento no Rio de Janeiro, que ganhou força com a passeata do último domingo, em Copacabana, onde 40 mil pessoas protestaram contra a violência. Segundo a polícia, desde a manifestação já foram doadas cerca de 150 armas, muito mais do que as 59 doações registradas em todo o ano passado.

Para Maria Zélia, livrar-se do armamento foi um alívio. "Este foi o melhor presente que ganhei. Tenho muito medo de arma em casa. Estava esperando uma oportunidade e essa campanha veio na hora certa", disse ela, que nesta quarta-feira fez aniversário. Com a morte do irmão, um coronel da reserva que não teve o nome revelado pela família, as armas não tinham mais utilidade.

Zélia entrou em contato com a polícia ainda na manifestação do fim de semana. Agendaram a entrega das armas e os inspetores Edson Cardoso e Antônio Neto, da Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE), foram até a casa delas.

O vice-diretor da DFAE, Rivaldo Barbosa de Araújo Jr., confirmou que as doações ganharam força esta semana, mas disse que a campanha de recolhimento domiciliar já existia havia um mês.




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