O sopro da renovaçao impediu a volta de políticos tradicionais como Brasil Vita (PPB), inquilino da Câmara há décadas, e Miguel Colasuonno (PMDB), que, além de ter sido prefeito e presidente da Embratur, foi o vereador mais votado em 1996, com mais de 63 mil votos. Membro da tropa de choque do prefeito Celso Pitta (PTN) durante os trabalhos da CPI, Colasuonno ficou em 103º lugar na contagem geral, com 10,4 mil votos. Mas estes nao foram casos isolados. 

Máfia - Outros vereadores acusados de pertencer à máfia dos fiscais também nao conseguiram a reeleiçao, como Maria Helena (PL), que teve apenas 6,1 mil votos e ficou na 152ª posiçao; e Faria Lima (PMDB), que ficou em 63º lugar, com 19,7 mil. Também o vereador Ivo Morganti (PFL), que tentou se defender das acusaçoes de corrupçao no programa eleitoral gratuito, nao se reabilitou: ficou na 298ª posiçao, com 1,7 mil votos, ante 13,5 mil obtidos em 1996.

Outro aliado de Celso Pitta que sentiu a liçao das urnas foi o vereador Bruno Feder (PTB), que nao conseguiu renovar o mandato. Com apenas 10,5 mil votos, ficou em 102º lugar na classificaçao geral. Outros que nao atingiram a linha de corte foram Mohamad Mourad (PL), Alan Lopez (PTB), Carmino Pepe (PL), Emílio Meneghini (PPB), Cosme Lopes (PPB) e Arquibaldo Zancra (PL). Já a vereadora cassada Maeli Vergniano (PL), tentou driblar a atençao do eleitor ao lançar sua mae, Ester Vergniano (PTB), como candidata, mas o eleitor nao lhe deu atençao.

Entre os maiores envolvidos com a máfia dos fiscais, só Wadih Jorge Mutran (PPB), que se notabilizou como defensor do prefeito Celso Pitta, conseguiu ficar entre os 55 que vao estar na nova legislatura. Mutran obteve 22.570 votos.