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Chirac critica ausência dos 'emergentes' no G8
Da AFP
09/06/2004 | 22:57
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O presidente da França, Jacques Chirac, criticou nesta quarta a ausência na reunião de cúpula do G8 de dirigentes de países “essenciais da economia mundial”, como o Brasil, e se comprometeu a defender um tributo internacional para ajudar os países pobres.

Chirac deixou transparecer sua decepção com o fato de o presidente do EUA, George W. Bush, não ter convidado os principais líderes do países em desenvolvimento, como ele fizera no encontro do ano passado, na cidade de Evian, na França.

“É evidente que hoje em dia não se pode falar de evolução, dos maiores problemas da economia mundial e das possíveis soluções sem mencionar a China”, disse Chirac.

“Isso também é verdade para Índia, Brasil e África do Sul, países que se converteram em atores principais no âmbito econômico mundial”, acrescentou.

Chirac afirmou também que “tentou formar em Evian uma noção de diálogo ampliado, ao convidar os representantes desses países”. “Não apenas para estabelecer uma relação, como também um precedente ou mesmo um costume.”

O presidente francês disse ter “insistido”, durante a primeira reunião dos líderes do G8 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Grã Bretanha, Itália, Japão e Rússia), na necessidade de se voltar a fazer isso no futuro.

Fome – Neste ano, Bush se limitou a convidar representantes de países do Oriente Médio, como Iraque e Jordânia, para apresentar sua polêmica iniciativa de democracia para essa conturbada região. Estão presentes também em Sea Island (Geórgia) governantes africanos, como o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, para discutir o problema da fome.

No ano passado, Chirac convidou vários dirigentes de países do hemisfério sul, entre eles o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e do México, Vicente Fox.

O presidente francês aproveitou sua entrevista à imprensa para reiterar seu compromisso de promover a instituição de uma taxa internacional, que seria destinada a ajudar os países mais pobres. “Vou defender energicamente a proposta que formalizarei na ONU sobre uma taxa internacional que permita destinar quantias suficientes para a promoção de desenvolvimento”, disse Chirac.

No encontro de Evian, no ano passado, Chirac recebeu positivamente a idéia apresentada por Lula de se impor uma taxa sobre a venda de armas para financiar a luta contra a fome.




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