O vereador José de Araújo (PMDB) é o novo líder do governo do prefeito Aidan Ravin (PTB) na Câmara de Santo André. O peemedebista foi escolhido para substituir Marcelo Chehade (PSDB), que deixou a função para trabalhar na concretização de sua candidatura a deputado federal.

Segundo o secretário de Gabinete da administração, Nilson Bonome, Araújo foi indicado após consulta aos parlamentares tanto da base aliada quanto da oposição. "Fizemos pesquisa para chegar a um nome de consenso. Ele tem experiência tanto na Câmara (está em seu sexto mandato) quanto no Executivo (foi vice-prefeito e secretário de Transportes de 1993 a 1996), além de ter o respeito dos demais vereadores", justificou o interlocutor da gestão petebista.

Com Araújo na liderança do governo, o PMDB ocupa duas funções importantes no Legislativo andreense: além desse posto, também está na presidência, com Sargento Juliano. Mas para Bonome, isso não significa força extra do partido junto ao governo. "O PMDB é fundamental para a base de sustentação, assim como as outras legendas que compõem o grupo", destacou.

Chehade, por sua vez, saiu do posto por acúmulo de atividades: médico, vereador, líder e corre atrás da candidatura à Câmara Federal - ainda é pré-candidato. O tucano afirmou que seu afastamento é coerente, mesmo tendo lutado para permanecer defendendo o governo no Legislativo durante o recesso de janeiro - havia rumores de que o chefe do Executivo o trocaria já naquele momento.

"Assumi essa função porque, naquele momento, outros vereadores tinham muitas tarefas. Agora sou eu quem tem de cumprir várias coisas", frisou Chehade, que a partir da semana que vem inicia série de encontros com integrantes das executivas estadual e nacional do PSDB, inclusive com viagem programada a Brasília.

O também tucano Paulinho Serra não se incomodou com o fato de seu partido ter perdido espaço na Casa. "A escolha de Chehade não tinha sido partidária. A indicação é pessoal do prefeito Aidan", minimizou.

Estreante na função de líder de governo, mesmo com seis mandatos de experiência, Araújo enfatizou que terá de "estudar mais" os projetos de lei para debater na Câmara. "É a única diferença", concluiu.