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Atendimento a distância: achatar curva
Do Diário do Grande Abc
16/04/2020 | 10:11
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Em meio ao caos que se instala nos lares e nas empresas neste momento, fico pensando em como tecnologias podem apoiar empresas de saúde. Eu, assim como a maioria, a qualquer tosse ou espirro já penso: ‘Será que estou com a Covid-19?’ Minha primeira atitude é ir para o Google e ver quais são os sintomas. Mas é difícil encontrar algum site que me permita saber de forma personalizada qual a minha situação. Todos são meio genéricos. Febre? Tosse? Se tosse, seca? Bom, um ou dois sintomas eu tenho, mas e agora? Corro para o hospital?

O desafio é que a Covid-19, assim como muitas doenças, não é sintoma isolado que vai dizer o que você tem. E, sim, combinação de fatores, dentre estes, quem você é: seu histórico de doenças, sua idade etc.

E é assim que emergências lotam. E muitas vezes lotam com casos de pessoas que não deveriam estar ali, pois estão sem o vírus, mas, lá, têm grande probabilidade de contrair. Pensando nisso, uma das medidas que o governo tomou foi a liberação da telemedicina (pela portaria 467/2020, do Ministério da Saúde). Até aí, ótimo. Mas e agora? Quantos profissionais nós temos à disposição para fazer o atendimento? Não sei se você tentou ligar para algum canal de telessaúde nos últimos dias. Eu tentei. Fiquei 40 minutos esperando atendimento. E isso foi antes da paralisação total.

Não estou criticando o tempo de atendimento. Mas fico refletindo sobre como fazer para não abarrotar centrais de atendimento com pessoas que estão apenas assustadas. Nessa hora fico muito feliz em trabalhar com tecnologia, pois ela pode ajudar nisso.

Imaginem triagem automatizada, onde você fornece dados sobre sua situação de saúde e, de acordo com cada combinação, é direcionado para atendimento específico. Não seria ótimo? Para casos leves, algum enfermeiro conversa com você por chat. Em casos mais graves, talvez ligação ou videochamada com médico que vai dar a devida recomendação. Casos com baixa probabilidade, direcionamento para que aguarde. Esse tipo de automação de triagem reduziria imensamente a quantidade de atendimentos que profissional de saúde precisaria fazer e direcionaria para eles somente os que fizerem sentido.

Entre os resultados: pacientes mais tranquilos, com acesso a diagnóstico confiável, sem sair de casa. Além disso, reduziria imensamente a exposição dos profissionais da saúde ao vírus. Então, que tal aliar tecnologia e saúde para tentar achatar essa curva? A gente está fazendo a nossa parte e falando com todos os hospitais e clínicas que conhecemos para ver como podemos ajudar.

Gabriela Vargas é diretora de marketing e produtos na plataforma de comunicação Zenvia.

PALAVRA DO LEITOR

Vírus
Esse negócio de pandemia do novo coronavírus, que se espalhou pelo Brasil afora, com montagem de hospitais de campanha para atender aos infectados, está mais parecendo antigo ditado popular que prega que ‘cobra tem perna, só que ninguém vê’. O verdadeiro vírus está implantado e alojado em determinadas classes políticas e de comerciantes sem o mínimo escrúpulo, que exploram a população, já tão carente e sofrida, mas que sonha que, um dia não muito distante, haverá governo que implantará a ordem e o progresso na Nação.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Muito triste!
Minha mãe faleceu no dia 23 de março. E, inclusive, meu irmão é bombeiro civil e prestou os primeiros socorros. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou, fez todo o possível, mas infelizmente ela veio a óbito. Tínhamos certeza de que havia sido infarto fulminante, porém, chegando ao IML (Instituto Médico-Legal), fomos informados de que não haveria velório, pois achavam que poderia ser Covid-19, e que era determinação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Fomos obrigados a enterrá-la sem possibilidade de fazer velório, sendo que deveria ter algum exame rápido. Ficamos longos 21 dias de espera. E, confirmando nossa certeza, o resultado deu negativo à Covid-19. E agora? Não pudemos fazer velório nem despedida dignos. No atestado de óbito a causa da morte é indeterminada, aguardando exames complementares. Tudo isso é muito triste! Penso que deveria haver exame mais rápido, para evitar esse transtorno aos familiares!
Pedro Almeida
Diadema

Bendito
Bendito seja o coronavírus, da Covid-19. Vejam se não procede a bênção: em coletiva de imprensa a ministra Damaris apresenta plano de ‘acolhimento’ aos povos e comunidades especiais do Brasil, nos quais incluem-se índios, ciganos, quilombolas e pessoas em situação de rua. Oferece, dentro de outros benefícios, assistência à saúde, cuidados na área alimentar, ministrando, inclusive, cestas básicas, bloqueio de acesso às áreas indígenas devidamente delimitadas por posseiros e garimpeiros, kits de higiene e solicitação a voluntários para atuar em áreas necessitadas e cadastradas pelo governo, bem como de instituições religiosas. Excelentes ideias, em que só cabe agradecer à presença da ameaça configurada pela pandemia. Abençoado seja o coronavírus, que passa por cima das nações e de seus governantes como um tornado, abrindo os cofres, guardados por sentinelas mesquinhos e inescrupulosos, e levando com sua ventania o dinheiro, sempre antes negado, às mãos de autônomos, desempregados, anônimos e povos especiais deste e de outros países.
Ruben J. Moreira
São Caetano

Comissionados
Sobre a reportagem neste Diário do corte de 10% de jornadas e salários de comissionados e funções gratificadas da Prefeitura de São Bernardo (Política, ontem), é medida praticamente ineficaz, tendo em vista que já recebem, em média, um dos melhores salários do Grande ABC. E, ainda por cima, incorporam aos vencimentos a Lei Minerva, que é 20% ao ano incorporados aos salários, totalizando 100% em cinco anos. Para quem ganha bem, cortar 10% do salário não faz cócegas ao bolso, ainda mais em ano que nem sequer foi dado aumento ao funcionalismo público, enquanto outras prefeituras, como Santo André, deram 12%, em média, valorizando funcionários públicos de carreira. Para fazer grande economia, o mais sensato seria revogar de vez a Lei Minerva. Eleitorado ‘batateiro’ deveria se informar mais sobre este vultoso benefício, que custa uma fortuna ao cofre público da cidade.
Maria de Lourdes Barbosa dos Santos
São Bernardo

Não são férias!
Observando atitudes de muitas pessoas durante esta pandemia, fico a me perguntar: será mesmo que não estão entendendo o que realmente está acontecendo? E o perigo que corremos a cada minuto que procuramos nos relacionar com outras pessoas nas ruas? Desnecessariamente assistimos a famílias inteiras no supermercado. Meu filho foi ao supermercado e relatou que viu mãe com criança no colo. Ela e o marido de máscaras e, a criança, sem nenhuma proteção. Gente do céu! Voltemos o quanto antes às listas de supermercado, e um só da família vai às compras. Assisti às minhas irmã e mãe por mais de um mês em ambiente de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Não queiram estar lá. Vamos nos cuidar mais. Se pode, fique em casa e cuide de quem ama. Deus nos abençoe e nos proteja. E oremos uns pelos outros.
Rosângela Caris
Mauá 




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