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Câmara: Confira o perfil do tucano Gustavo Fruet
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
31/01/2007 | 20:02
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O tucano Gustavo Fruet, do Paraná, é o candidato à presidência da Câmara na eleição desta quinta-feira pela chamada ‘terceira via’, conjunto de parlamentares de vários partidos que não pretendiam votar em Aldo Rebelo (PCdoB-SP) nem Arlindo Chinaglia (PT-SP). Este grupo foi formado inicialmente por deputados do PPS, PV e PSOL, além de outros partidos. Posteriormente, o PSDB aderiu.

Último a se apresentar para a disputa, Fruet começou a campanha enviando carta compromisso aos deputados em que defendia um aumento salarial para o Legislativo baseado na inflação, e não na equiparação com o Judiciário, como o Congresso tentou aprovar no final do ano passado.

Este é um tema delicado. A maioria dos parlamentares, mesmo que não o faça publicamente, defende salário igual ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 24.500. Hoje, eles ganham R$ 12.847,20, fora a verba de gabinete.

Em sua carta, Fruet também criticou o uso excessivo de medidas provisórias pelo governo, com o argumento de que pouco mais de 1% das matérias aprovadas nos últimos dois anos teve origem no Congresso Nacional.

Fruet disse que só entraria no confronto com apoio do seu partido e acabou vencendo a disputa, apesar de o então líder do PSDB, Jutahy Magalhães Júnior (BA), ter dito que os tucanos fechariam com Chinaglia. Até posou para foto ao lado do petista, o que revoltou lideranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do partido, Tasso Jereissati, e o líder no Senado, Arthur Virgílio. Na semana seguinte, o PSDB formalizou apoio a Fruet e antecipou a escolha do novo líder na Câmara, o paulista Antônio Carlos Panunzzio.

Advogado nascido em Curitiba, Fruet começa nesta quinta-feira sua terceira legislatura na Câmara. Além do PSDB, foi filiado apenas ao PMDB (de 1991 a 2004). Começou a vida parlamentar em 1997, quando foi eleito vereador de Curitiba.

Em 2004, bateu de frente com o governador do Paraná, Roberto Requião, quando pretendia ser o candidato peemedebista à prefeitura de Curitiba. Preterido, foi para o PSDB.

Embora tenha ocupado uma série de cargos no PMDB (vice-presidente da comissão de ética do partido, presidente do diretório regional no Paraná, vice-líder e líder da bancada na Câmara dos Deputados), foi no PSDB que Fruet conseguiu projeção nacional. Em 2006, integrou a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios.

Especialista em direito penal, foi indicado pelo presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), para a sub-relatoria de movimentação financeira, responsável pelo cruzamento de dados da quebra de sigilo bancário de parlamentares e pessoas supostamente envolvidas com o empresário Marcos Valério de Souza no esquema que ficou conhecido como ‘Mensalão’.



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