O que foi bênção na carreira da comediante canadense Nia Vardalos parece ser agora sua penitência. Depois de se inspirar na própria trajetória e nos costumes da família de imigrantes para escrever e uma peça e, posteriormente, "Casamento Grego", parece que agora ela só emplaca histórias que remetam de alguma forma à comédia que foi sua porta de entrada para o cinema. Em "Eu Odeio o Dia dos Namorados", que entrou em cartaz também este ano, essa ligação era o ator John Corbett (seu par romântico nos dois filmes). Já em "Falando Grego", que estreia hoje nos cinemas da região e de São Paulo, a principal referência é, como o título em português indica, a terra-natal dos pais de Nia.

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A nova empreitada de Nia também é uma comédia romântica e ela, indicada ao Oscar de melhor roteiro adaptado de Casamento Grego meteu o bedelho no texto original de Mike Reiss, reescrevendo alguns trechos. Entre os produtores, o casal Tom Hanks e Rita Wilson, padrinhos artísticos de Nia.

A história também tem início com uma personagem feminina em crise. Georgia é uma guia turística norte-americana de origem grega que trabalha justamente no berço da Filosofia. Apesar do cenário paradisíaco, seu ânimo para qualquer coisa fora do trabalho é zero.

Os turistas que ela costuma conhecer também são bem pouco interessantes e estão mais interessados em torrar no sol do que em aprender um pouco da cultura local da qual os nativos tanto se orgulham. A rotina de trabalho em hotéis de quinta categoria e ônibus desconfortáveis é o menor dos problemas, já que ela está sendo sabotada por Nico (Alistair McGowan), um colega canastrão da agência em que ambos trabalham, a Pangloss Tour.

Para potencializar o inferno pessoal, o ranzinza Irv Gordon (Richard Dreyfuss) entra na excursão que vai percorrer os principais pontos da Grécia. Rapidamente, Irv passa a exercer liderança natural sobre a problemática turma que ocupa o velho ônibus. Viúvo há pouco tempo, Irv desafia Georgia a desenrolar diversos pontos de sua vida, incluindo a amorosa. Influenciada pelo turista, ela passa a olhar de forma diferente para o motorista do ônibus, Poupi (Alexis Georgoulis), que até então ela odiava.

Além das incríveis paisagens naturais da Grécia, o filme teve locações nos grandes marcos arquitetônicos, incluindo a Acrópole, onde nunca haviam sido permitidas filmagens antes.

A direção do longa ficou a cargo de Donald Petrie, experiente em comédias românticas ("Como Perder um Homem em Dez Dias" e "Miss Simpatia").