O Museu de Santo André está desenvolvendo desde meados do ano passado um programa de atividades com crianças e adolescentes sobre a necessidade da preservaçao histórica e cultural da cidade. Entre os trabalhos, está o teatro de fantoches criado pela orientadora de açao educativa e cultural do museu, Eliana Marcon Tramontina, dirigido a crianças de quatro a oito anos.   

Com a ajuda dos bonecos, manipulados pela orientadora, e um texto bem-humorado, ela transmite aos alunos a importância da memória na vida das pessoas. A peça, intitulada Onde está a memória da vovó, é exibida apenas para grupos organizados. "É uma adaptaçao do livro Guilherme Augusto Araújo Fernandes, do escritor Mem Fox, que trata a questao da memória de maneira leve", diz.   

Também para que os pequenos alunos compreendam qual a funçao e importância do museu, sao desenvolvidos trabalhos que envolvem as próprias coleçoes das crianças. "Pedimos para que elas tragam suas coleçoes e mostrem como as conservam e as escolhem. Desta forma, explicamos como funciona um museu. Trabalhamos com a questao da valorizaçao do patrimônio e ensinamos às crianças que as histórias que estao nos museus também fazem parte da vida delas", explica.  

Atualmente, o Museu de Santo André está expondo a mostra Trajetória imigrante: fatos, retratos e relatos, formada por objetos doados por moradores que vieram de outros países. Segundo Eliana, o museu ainda desenvolve atividades com os adolescentes sobre a questao da imigraçao - como a exibiçao de slides - para que entendam melhor o assunto. A partir daí (sempre com a ajuda dos professores que acompanham os grupos), os alunos participam de jogos, criam peças teatrais e atividades musicais sobre o tema.  A exposiçao permanece no museu somente até o fim deste mês, quando entra em cartaz uma mostra sobre o Carnaval.