Os dois países acertaram iniciar um diálogo sobre a Caxemira entre maio e junho deste ano, segundo o presidente paquistanês, Pervez Musharraf.
"Comemoramos realmente o resultado da primeira rodada de conversações, como parte de um amplo diálogo entre Índia e Paquistão", disse o porta-voz do departamento de Estado Richard Boucher.
"Nos agrada que as partes tenham chegado a um mapa para futuras discussões e que estejam decididas a incrementar seu compromisso", destacou Boucher.
Estas conversações são resultado de um lento processo de distensão que começou em abril de 2003 entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares declaradas desde 1998, que no início de 2002 estiveram à beira do conflito armado.
No centro da rivalidade entre Índia e Paquistão está a região da Caxemira, no Himalaia, dividida entre os dois países, que reivindicam sua soberania.
Estas negociações, as primeiras desde que fracassou a cúpula de julho de 2001, em Agra (região de Nova Delhi), não levarão a progressos reais antes das eleições gerais de abril próximo na Índia, estimou um responsável paquistanês.
O Paquistão espera poder concluir um "pacto de coerção estratégica" dentro deste "diálogo global". "Esta proposição leva as duas partes a negociar um nível mínimo de dissuasão nuclear" e deve "permitir deter a corrida armamentista desenfreada, tanto convencional como nuclear", destacou o responsável, que pediu para não ser identificado.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar a guerrilha separatista na Caxemira, enquanto Islamabad vê o movimento como uma luta pela libertação.
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