Os publicitários acreditam que o envio de mensagens pode ser uma ferramenta legítima, se usado de maneira controlada. Isso permitiria ao internauta escolher se quer ou não continuar recebendo a propaganda. Batizada de e-mail marketing, a estratégia já é usada por grandes empresas como Disney e Amazon. "Se for bem feito, isto pode ser positivo", afirma Moriael Paiva, diretor da Mediavox Internet em Brasília.
O e-mail marketing foi adotado recentemente na campanha de Emerson Kapaz, candidato do PPS à Câmara dos Deputados por São Paulo. A Hey Internet, responsável pela campanha on-line do candidato, cadastrou cerca de 30 mil endereços eletrônicos. O diretor de planejamento da empresa, Rodrigo Maroni, explica que a lista foi formada por contatos coletados por Kapaz. Segundo Maroni, a estratégia não inclui o envio de mensagens não autorizadas.
A campanha on-line ainda não tem como objetivo alavancar o número de eleitores, mas a Internet traz outras vantagens. Seu custo é praticamente nulo. Serve também para estreitar o relacionamento entre eleitor e candidato.
Para quem prefere não receber qualquer tipo de spam, existem poucas alternativas. Especialista no tema, o advogado Renato Blum explica que o Brasil ainda não tem legislação específica. "Atualmente, o Código Civil garante indenização aos usuários que se sentirem prejudicados moral ou economicamente", disse.
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