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E-mail será usado por candidatos para divulgar propaganda
Das Agências
20/07/2002 | 00:32
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O correio eletrônico deve ser uma das armas mais usadas nesta campanha e o internauta corre o risco de ser bombardeado por uma infinidade de e-mails, conhecidos como spam. Barata e quase sem regulamentação, a estratégia é defendida pelas assessorias de marketing de muitos políticos. A Justiça Eleitoral, contudo, não vê com bons olhos a novidade. "A Internet é algo novo para nossa legislação", afirma o relator do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Fernando Neves. "O tribunal vai esperar para estudar caso a caso e construir jurisprudência."

Os publicitários acreditam que o envio de mensagens pode ser uma ferramenta legítima, se usado de maneira controlada. Isso permitiria ao internauta escolher se quer ou não continuar recebendo a propaganda. Batizada de e-mail marketing, a estratégia já é usada por grandes empresas como Disney e Amazon. "Se for bem feito, isto pode ser positivo", afirma Moriael Paiva, diretor da Mediavox Internet em Brasília.

O e-mail marketing foi adotado recentemente na campanha de Emerson Kapaz, candidato do PPS à Câmara dos Deputados por São Paulo. A Hey Internet, responsável pela campanha on-line do candidato, cadastrou cerca de 30 mil endereços eletrônicos. O diretor de planejamento da empresa, Rodrigo Maroni, explica que a lista foi formada por contatos coletados por Kapaz. Segundo Maroni, a estratégia não inclui o envio de mensagens não autorizadas.

A campanha on-line ainda não tem como objetivo alavancar o número de eleitores, mas a Internet traz outras vantagens. Seu custo é praticamente nulo. Serve também para estreitar o relacionamento entre eleitor e candidato.

Para quem prefere não receber qualquer tipo de spam, existem poucas alternativas. Especialista no tema, o advogado Renato Blum explica que o Brasil ainda não tem legislação específica. "Atualmente, o Código Civil garante indenização aos usuários que se sentirem prejudicados moral ou economicamente", disse.




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