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Tino Marcos faz ‘estréia’ olímpica
Flávia Swerts
Da TV Press
07/07/2004 | 18:50
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Tino Marcos é visto na Globo como o repórter oficial da Seleção Brasileira de Futebol. E não por acaso. O jornalista cobriu praticamente todos os jogos da equipe desde o Torneio Pré-Olímpico de 1987, na Bolívia. E apesar do futebol brasileiro não ter se classificado para as Olimpíadas desse ano, o jornalista é presença confirmada em Atenas, na Grécia. “Eu cheguei a pensar que não seria chamado, mas arrumaram outro lugar para mim”, diz. Tino Marcos se prepara, então, para mudar de ares: trocará os gramados pelo mar e pelo tatame. “Eu fiquei estigmatizado como repórter de futebol. Ir às Olimpíadas e não fazer futebol será uma experiência fora de série”. O repórter tem lido bastante sobre iatismo e judô e tenta aprimorar o inglês para se comunicar melhor com os atletas estrangeiros, mas o que facilitará o seu trabalho é um antigo hobby: ele pratica vela há 14 anos. “Sou um ‘peladeiro’ de vela. Isso me ajudará nas Olimpíadas, pois é um esporte com regras difíceis, que pouca gente conhece”, valoriza.

Atenas marcará a primeira experiência real de Tino Marcos com Olimpíadas. Ele já havia estado em Atlanta, em 1996, mas como cobriu apenas o futebol, ficou fora da vila e do clima olímpico, pois as partidas eram disputadas em Miami. “O meu universo era a Seleção”, lembra. E agora está ansioso por fazer sua virtual estréia justamente na cidade que recebeu a primeira edição das Olimpíadas da Era Moderna, há 108 anos. “Será uma emoção enorme”, acredita.

Os companheiros de Tino Marcos na cobertura olímpica da Globo serão os repórteres Pedro Bassan, João Pedro Paes Leme, Renato Ribeiro, Marcos Uchôa, César Tralli, Glória Maria e Pedro Bial. Além de Tino, apenas Pedro Bassan e João Pedro Paes Leme são dedicados à área de esporte. “Sempre sonhei em ser jornalista esportivo. Gostava de textos, de escrever e de futebol”, conta. O repórter está na Globo há 18 anos, mas já foi estagiário dos diários cariocas O Dia e Jornal dos Sports. O momento mais marcante da sua carreira aconteceu na final da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, quando o Brasil foi campeão depois de 24 anos sem títulos em mundiais. Naquele jogo, não era permitido haver repórteres em campo. “Eu entrei como auxiliar de câmara, com o microfone desmontado. Na hora da volta olímpica, consegui passar pelos policiais e entrevistei com exclusividade Branco, Tafarel, Romário, Ricardo Rocha e Bebeto”.

Antes das Olimpíadas, que começam em agosto, Tino Marcos ainda exercerá mais uma vez a função de setorista da Seleção. A partir desta quinta, ele estará no Peru acompanhando o time brasileiro na Copa América – a oitava que ele cobre. O jogo de estréia acontece às 21h35, contra o Chile. Logo após a competição, embarca para Atenas. “Será o tempo de tomar um banho e ir para as Olimpíadas”, brinca o repórter, que já trabalhou em quatro Copas do Mundo. Desde 2001, além de acompanhar a Seleção, ele apresenta o Esporte Espetacular aos domingos, ao lado de Glenda Kozlowski. “Eu gosto de apresentar, mas fazer reportagens me realiza mais. Elaborar matérias, fazer ao vivo é mais gratificante”, admite Tino Marcos, que ficará afastado do programa até setembro por conta das competições internacionais.




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