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Conselho de Ética vai investigar quarta denúncia contra Renan
Do Diário OnLine
20/09/2007 | 13:56
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A Mesa Diretora do Senado decidiu por unanimidade na tarde desta quinta-feira encaminhar ao Conselho de Ética a quarta representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que desta vez é acusado de participar de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB.

Agora, em reunião marcada para a próxima quarta-feira, o colegiado vai decidir se junta os três processos que hoje correm contra Renan no Conselho de Ética.

A idéia, defendida pelo PT e apoiada pelo PSOL, autor da maioria das representações contra o peemedebista, não agrada o presidente do Conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO). No entanto, ele já deixou claro que adotará a medida caso a maioria dos integrantes do órgão concordem com ela.

Apesar de ter encaminhado a denúncia contra o parlamentar alagoano ao Conselho de Ética, o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), avisou que a quarta representação contra Renan é “superficial” e por isso não deve ser entendida como “quebra de decoro”, algo que poderia levar a cassação do peemedebista.

Outras representações –
As duas outras representações que podem ser anexadas a esta quarta que foi aceita nesta quinta pela Mesa já estão tramitando no Conselho de Ética.

Na primeira delas Renan Calheiros é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e com a Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

Na outra, o peemedebista é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Segundo os parlamentares, esta acusação é mais grave do que a primeira, já que nela existem mais provas que podem complicar a vida do presidente do Senado.

Absolvição –
Na semana passada, Renan Calheiros foi absolvido da primeira acusação que tramitou contra ele no Congresso Nacional, em que era acusado de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Por 40 votos a 35 e mais seis abstenções, ele foi absolvido pelos colegas no plenário do Senado, em uma sessão fechada e com votação secreta.

Devido a esta mesma denúncia, ele havia sido considerado culpado tanto pelo Conselho de Ética como pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). No entanto, a absolvição do plenário tornou nula as decisões destes órgãos.



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