O Ministério das Cidades anunciou ontem que o Grande ABC deverá receber mais de R$ 5 milhões para projetos habitacionais para a população de baixa renda. Foram liberados R$ 3,6 milhões para construção de casas na Vila Esperança e em Pedreira, em São Bernardo, e R$ 1,5 milhão para o Jardim Serrano, em Ribeirão Pires.

As liberações foram aprovadas a projetos apresentados pelas prefeituras das duas cidades. Ribeirão Pires é administrada por Clóvis Volpi (PV) e São Bernardo por William Dib (PSB), ambos adversários regionais do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Procuradas, as assessorias das duas cidades não souberam informar detalhes dos projetos que foram aprovados pelo governo federal. A explicação é que o expediente nas secretarias termina às 17h30 e ninguém tinha condições de explicar as obras que receberiam as verbas.

Além destes recursos, o Ministério das Cidades anunciou a liberação de mais R$ 60 mil para cada uma das prefeituras de São Bernardo, São Caetano e Diadema, para serem investidos na elaboração de novos projetos habitacionais.

As prefeituras têm agora prazo de no máximo 60 dias para entregar a documentação técnica, institucional e jurídica das áreas de cada uma das intervenções para o início das obras. Os contratos são assinados também pela Caixa Econômica Federal. Segundo o ministério, o repasse é liberado conforme o andamento das obras.

Foi anunciada ontem a liberação de um total de R$ 1 bilhão, dinheiro do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social). Segundo o ministro Mário Fortes, a liberação seguiu os critérios de déficit habitacional nas áreas de intervenção e da qualidade dos projetos. Ele disse que levou em conta a população que mora em áreas de risco.

Em um mês, prefeituras e governos apresentaram 11.873 projetos para a análise da equipe técnica do governo federal. O investimento deve favorecer 120 mil famílias, que moram em 1.188 municípios espalhados pelo País.

Fortes afirmou ainda que deu preferência para propostas de cidades de regiões metropolitanas, onde, segundo ele, estão nove de cada dez empreendimentos precários do País. No mês que vem, o ministério deve abrir um prazo de 60 dias para receber novos projetos para aplicação das varbas do FNHIS.