Cinco pessoas foram executadas por enforcamento na terça-feira no Irã, entre elas um casal acusado pelo assassinato de um ex- marido "provisório" da mulher, informou nesta quarta-feira a imprensa local. Os outros três mortos eram considerados culpados de assalto à mão armada.

Segundo o jornal Etemad, a mulher havia se casado temporariamente com seu antigo patrão, Mohammad Kuhpayeh - um tipo de matrimônio autorizado pela lei iraniana. Após o final do contrato, a mulher, identificada apenas pelo seu nome, Roya, casou-se com outro homem, mas o antigo marido negou-se a devolver as fotos dela que estavam com ele.

Roya e seu novo marido, também chamado Mohammad, assassinaram Kuhpayeh em 1999 para recuperar os negativos. O jornal Etemad não explica porque o casal queria tanto recuperar as fotos, e nem porque o ex-marido se negava a devolvê-las. Mohammad, de 30 anos, e Roya, de 28, foram enforcados no interior da prisão de Ispahán (centro do Irã).

De acordo com a agência AFP, pelo menos 34 pessoas foram executadas desde o início do ano no Irã, onde a pena de morte pode ser aplicada em casos de traição, espionagem, assassinato, ataque à mão armada, violação, sodomia, adultério, prostituição, apostasia e, em alguns casos, tráfico de drogas.

Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 159 pessoas, incluindo um menor de idade, foram executadas em 2004 no Irã, país que ocupa o segundo lugar mundial depois da China em quantidade de execuções