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Câmara reclama de projeto do Nardini
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/06/2009 | 08:39
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A falta de diálogo entre Prefeitura e Câmara em Mauá ganhou um novo capítulo. Após constantes reclamações sobre a articulação feita pelo secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, os vereadores afirmam que só devem aprovar a terceirização do Hospital Municipal Doutor Radamés Nardini após o prefeito Oswaldo Dias (PT) enviar ao Legislativo uma proposta de emenda à lei.

Os parlamentares reclamam da falta de especificidade do projeto, que não deixa claro as áreas que as organizações sociais poderão agir na cidade. Além disso, o fato de a propositura permitir que as entidades façam obras, sem a necessidade de licitação, levantou questionamentos. "Ele tem de trazer um substitutivo para esse projeto. A lei é complexa, fala até em construção. Mas o Nardini vai mexer com obras?", questiona Manoel Lopes (DEM).

O bloco de situação também mostrou resistência à falta de informações - o que fez com que o projeto enviado em caráter de urgência tramitasse normalmente, ou seja, submetido ao aval das comissões antes de entrar em votação.

Ivanildo Gomes, o Batoré (PP), e Roberto Rivelino Ferraz, o Professor Betinho (PSDC), não se convenceram nem mesmo com a visita do secretário de Saúde, Paulo Eugenio Pereira Júnior, à Câmara para discursar a aprovação da lei. "Acho que tudo que se refere à Saúde e uma parceria com a Fundação (do ABC), sou 100% a favor, principalmente tratando-se do Paulo, que tem conhecimento de causa. Mas resolvemos não votar porque o projeto é muito abrangente", justificou Batoré.

MODIFICAÇÃO - Com a dificuldade em emplacar a aprovação, o secretário de Saúde confirmou que o projeto pode passar por alterações. "Os vereadores queriam mais explicação. Há uma preocupação com a Saúde e a questão que o projeto, em nenhum momento, diz que é para o setor que é para o Nardini, gerou polêmica. Talvez seja melhor fazer uma emenda para definir que é na área da Saúde que as organizações sociais agirão. Tiramos dúvidas da questão e agora tudo deve caminhar bem e ser aprovado", explicou.




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