A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, se declarou disposta a aceitar um procedimento de destituição para rebater as acusações de fraude eleitoral da oposição.

"A destituição não está justificada e será apenas uma perda de tempo", declarou o porta-voz da presidência, Ignacio Bunye. "Porém, se esta é a única maneira de acabar com os impropérios e o teatro político atuais, então somos favoráveis à medida do presidente da Câmara de Representantes, Jose de Venecia", acrescentou.

Venecia, um aliado da presidente, disse que poderia dar seguimento ao processo de destituição apresentado no mês passado ao Parlamento por um advogado que afirma que Arroyo traiu a confiança da nação.

Arroyo está no centro de um escândalo provocado pela divulgação de gravações de conversas telefônicas e a oposição exige sua renúncia.

A presidente pediu desculpas publicamente na semana passada por ter telefonado para um comissário eleitoral durante a apuração dos votos das eleições presidenciais de maio de 2004, mas negou ter tentado influenciar o resultado.