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Chegar à escola ainda é drama para aluno do Riacho
Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
05/03/2001 | 20:54
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  A situação do transporte de estudantes do Núcleo Santa Cruz, no Riacho Grande, em São Bernardo, até a Escola Estadual Omar Donato Bassani, no bairro Tatetos, continua a mesma de 20 dias atrás. No dia 15 de fevereiro, o Diário publicou reportagem que mostrou o drama enfrentado por cerca de mil alunos, que têm de disputar espaço em ônibus superlotados para poderem fazer o caminho de casa até a escola.

Na época, o secretário da Educação de São Bernardo, Admir Ferro, afirmou que já havia entrado em contato com a empresa responsável pelo transporte na região para que fosse encontrado uma maneira de resolver o problema o mais rápido possível. Apesar da promessa, nada tinha mudado até a tarde desta segunda.

O Diário tentou falar novamente com o secretário da Educação nesta segunda, mas sua assessoria de imprensa informou que ele passou o dia em compromissos externos e não teve tempo de retornar a ligação.

A situação dos alunos (da 5ª série do ensino fundamental até o ensino médio) da Omar Donato Bassani se complicou no início deste ano letivo (8 de fevereiro), quando começaram a depender apenas dos ônibus circulares, que atendem a toda a população da região, para fazer o trajeto até a escola. Até o fim do ano passado eles contavam com o auxílio de ônibus escolares que, segundo moradores, era fornecido pela Prefeitura.

De acordo com a estudante Marineide de Souza, alunos e pais programaram uma reunião para quarta, a partir das 11h, na entrada da escola. “O objetivo é discutir uma forma de manifestação. Poderemos até definir por fazer um protesto na hora”, disse.

Ela contou que a situação dos alunos está crítica desde o início das aulas. “Muitos têm chegado atrasado na escola e perdem aulas. Outros saem de casa até duas horas antes do horário para não se atrasarem”, afirmou. De ônibus, o trajeto de cerca de 7 km entre o núcleo e a escola dura cerca de 15 minutos.

Marineide contou que os alunos começaram a recolher assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue ao secretário da Educação e possivelmente ao prefeito Maurício Soares nos próximos dias. “Em menos de uma semana, já conseguimos adesão de mais de mil pessoas”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação, não há previsão de o Estado colocar ônibus exclusivo porque a região já possui meio de transporte coletivo regular.




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