A Petrobras fechou nesta quinta-feira com o governo boliviano a venda por US$ 112 milhões das duas refinarias que mantém em Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
O negócio foi discutido nesta quarta-feira durante uma reunião com o presidente da filial boliviana da Petrobras, Fernando de Freitas, e o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas. A princípio, a estatal brasileira havia pedido US$ 120 milhões pelas duas refinarias. A Bolívia chegou a afirmar que pagaria somente US$ 60 milhões.
Nesta quarta, um funcionário do governo brasileiro adiantou que a Bolívia estaria disposta a pagar US$ 110 milhões pelas refinarias – US$ 70 milhões pelos ativos e US$ 40 milhões pelo estoque. A mesma fonte afirmou que o presidente Lula teria orientado a Petrobras a aceitar o acordo, temendo uma possível crise na Bolívia por conta do impasse.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência, no entanto, negou a interferência do presidente Lula no caso.
Nesta quinta, o presidente boliviano, Evo Morales, declarou que acredita em um acordo entre a Petrobras e a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) e que a estatal brasileira diminuiu o preço das unidades que mantém no país vizinho.
Decreto – As divergências entre as estatais começaram no último domingo, quando Morales anunciou um decreto que concede à YPFB o monopólio na exportação de petróleo cru e da gasolina.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.