"Isso, no Brasil, ainda está começando mas já é uma forte tendência na empresa em todo o mundo, principalmente em nossa matriz norte-americana. Descobrimos nichos de mercado que poderiam ser explorados e que nossa tecnologia e know-how poderiam suprir", afirmou o diretor de marketing da Delphi na América do Sul, Carlos Gomez, negando que esta fosse uma maneira de reverter algum quadro negativo da empresa, tradicionalmente fabricante apenas de autopeças. "Pelo contrário, queremos crescer ainda mais, já que temos potencial." Embora com expectativas positivas em relaçao aos novos mercados, Gomez afirma que nao há projeçoes específicas para ele. "Ainda é cedo para saber o quanto vamos crescer com os novos produtos."

Em termos de investimentos, a empresa de Sao Caetano anunciou injeçao de capital da ordem de US$ 100 milhoes em tecnologia de ponta e treinamento, divididos em suas nove fábricas já instaladas, em sua matriz e principalmente na construçao da nova fábrica da marca em Jaguariúna, que levará US$ 50 milhoes, onde será implementada sua primeira linha para fabricaçao de aparelhos compressores para ar-condicionado de última geraçao, o CVC.

"É difícil conseguir mensurar quanto deste valor vai ser destinado a Sao Caetano, pois embora tenhamos no Grande ABC toda a nossa administraçao, recursos humanos, diretoria e centro de inteligência e engenharia, nao há plantas produtivas na regiao.

A partir de agosto a Delphi estará criando uma divisao que será sediada no prédio administrativo da empresa, em Sao Caetano, para gerenciar as vendas ao mercado de reposiçao, uma grande aposta da empresa para os próximos anos. A idéia é colocar à disposiçao deste segmento todas as linhas de produtos da marca, antes destinados apenas às montadoras e à exportaçao.

"Nossa linha de baterias, que já alimenta este mercado e colocou nosso nome em destaque, foi uma grande semente para nossa decisao e será em princípio nosso carro-chefe. Temos grandes perspectivas, já que nossa marca já possui identidade, característica de qualidade e é considerada a marca original dos veículos", afirmou o diretor de marketing da empresa na América do Sul, Carlos Gomez.

Gomez acredita que a parcela de sua produçao total que será destinada ao mercado de reposiçao - que hoje é de apenas 12% - vá aumentar bastante com a criaçao da nova divisao. "Daremos mais importância e atençao a este mercado e pretendemos fazê-lo crescer 20% até o fim deste ano. Tanto é verdade que já iniciamos nossa participaçao em feiras do setor e começamos a apresentar ao mercado nossas primeiras opçoes. A receptividade tem sido excelente."