Cinco órgaos internacionais e uma agência do governo dos Estados Unidos criaram nesta sexta-feira uma coalizao para reduzir os números das mortes violentas na América Latina, regiao com níveis de homicídios e criminalidade mais altos do mundo. Estatísticas da ONU revelam que as taxas de homicídios e criminalidade das Américas (incluindo Estados Unidos) sao as mais altas do mundo.

Os sócios da coalizao serao a Organizaçao Panamericana de Saúde (OPS), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Organizaçao dos Estados Americanos (OEA), o Banco Mundial (BM), a Organizaçao das Naçoes Unidas para a Educaçao, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e o Centro para Controle e Prevençao de Enfermidades, dos Estados Unidos.

As instituiçoes vao trabalhar com os governos da regiao para desenvolver estratégias integrais dirigidas a enfrentar tanto as causas quanto as conseqüências da violência, explicou George Alleyne, diretor da OPS.

Enrique Iglesias, presidente do BID, disse que os altos níveis de criminalidade e violência têm nao somente um custo humano mas também um custo social muito maior, pois têm um impacto fortemente negativo sobre o desenvolvimento e o crescimento econômico.

Estudos do BID indicaram que, em países como a Colômbia, a taxa de crescimento anual teria sido pelo menos dois pontos percentuais mais alta, se nao fosse a violência que castigou o país nas últimas décadas.

Iglesias ainda enfatizou que na América Latina há experiências bem-sucedidas de reduçao da violência, onde a participaçao da sociedade civil é a chave para o sucesso.

O principal objetivo da nova iniciativa é estimular análises dos fenômenos da violência, diálogos com governos e outros setores da sociedade e planificaçao conjunta de estratégias efetivas contra o crime.

Um informe sobre os resultados da iniciativa poderá ser apresentado aos presidentes e chefes de Estado de todo o hemisfério na próxima Cúpula das Américas, que será realizada em Quebec, no Canadá, em abril de 2001.