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Mauá tem novo ato para pedir eleição
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
04/11/2004 | 10:20
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Moradores de Mauá realizaram nesta quarta à tarde mais uma manifestação para cobrar a realização do segundo turno das eleições na cidade, cancelado em função da cassação do registro de candidatura do petista Márcio Chaves Pires pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), semana passada. O ato que percorreu ruas do município contou com duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar. O número de manifestantes foi metade do registrado segunda-feira, quando 4 mil pessoas participaram.

A informação é de que o ato desta quarta foi organizado pela comunidade da Igreja São João Batista, mas a maioria dos participantes vestia camiseta vermelha com o nome de Márcio Chaves (PT). "Não estamos defendendo candidato. Queremos apenas garantir o nosso direito ao voto", disse Celso Santana, membro da igreja.

Marlene Lima Freire, uma das fiéis, disse que as pessoas ligadas à igreja não aceitam o fato de não ter segundo turno. "Nosso movimento é do povo, que quer ter o direito ao voto enquanto cidadão", disse.

O vereador governista Alberto Betão Pereira Justino (PTB) também foi à manifestação. "A vontade do povo é para que haja eleição. E ele tem o direito de se manifestar", afirmou o petebista. Estavam presentes também as mulheres de Márcio Chaves e de Hélcio Antonio da Silva, candidato a vice-prefeito pelo PT.

A manifestação teve início na frente do comitê político do PT, na praça da Bíblia, no Centro, e seguiu em passeata até o cartório eleitoral, na rua Rio Branco. Com gritos de "democracia já, queremos votar", os manifestantes percorreram a avenida Barão de Mauá até chegar no cartório. Um caminhão de som guiava a mutidão.

Um grupo de punks que participou da manifestação desta quarta, assim como da de segunda-feira, declarou que não apóia nenhum candidato por ser contra o sistema, mas defende o direito ao voto.

Foi anunciado também no carro de som que havia integrantes da Pastoral da Juventude, sociedades amigos de bairro, grupos de capoeira e do Instituto Che Guevara, entre outros. Esse instituto afirma que reconhecerá o prefeito eleito se não houver segundo turno, mas prega a desobediência civil a partir de 1º de janeiro caso Leonel Damo (PV), proclamado prefeito pela Justiça Eleitoral na semana passada, assuma.

A manifestação desta quarta foi acompanhada por mais de 20 viaturas da Polícia Militar. Alguns comerciantes preferiram fechar as portas de seus estabelecimentos por causa do protesto. Mais de 20 policiais fizeram a proteção na frente do cartório para que não houvesse a invasão do local onde estava a juíza eleitoral de Mauá, Ida Inês Del Cid, que proclamou Damo como o vencedor das eleições, embora o PT ainda tente reverter o quadro na Justiça.




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