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Professor acusa policiais de abuso de poder e discriminação
Do Diário OnLine
08/10/2002 | 13:49
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O professor de Geografia e História Erivaldo da Silva Teixeira, de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo, acusa policiais civis e militares de seu município de abuso de poder e discriminação. Ele disse que foi revistado e preso arbitrariamente quando esperava um ônibus com destino a São Paulo, para onde iria fazer um curso de especialização.

Os policiais teriam dito que o professor se parecia com o maníaco de Guarulhos, acusado de vários estupros e homicídios na região Metropolitana de São Paulo. Teixeira entrou em desespero e começou a chorar. Os policiais passaram então a humilha-lo.

Depois disto, o professor foi colocado no pátio interno da delegacia, sozinho. Do lado de fora, os investigadores diziam que ele parecia o maníaco. Segundo Teixeira, o delegado titular afirmou que havia 95% de chance do suspeito ser o estuprador.

Teixeira ficou horas incomunicável. Depois, foi levado para a sala do delegado, onde foi revistado e perguntado sobre sua opção sexual e sua origem nordestina.

A casa do professor ainda foi revistada pelos policiais, que não tinham mandado de busca. Após a série de humilhações, ele foi levado para uma cela onde uma vítima de estupro foi fazer a identificação do agressor.

O professor só foi libertado após a intervenção de uma advogada. O caso foi encaminhado para a Comissões de Direitos Humanos e do Negro e Assuntos Anti-Discriminatórios da OAB/SP, para as corregedorias das duas polícias e para a Secretaria da Segurança Pública.




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