Bush anulou as medidas de "emergência nacional" impostas contra a Líbia em 1986. A atitude foi tomada em conseqüência do compromisso assumido pelas autoridades líbias de pôr fim aos programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa.

Entre as sanções levantadas está um decreto que, desde novembro de 1985, proibia as importações de produtos líbios refinados do petróleo. Foram canceladas também sanções comerciais e outras referentes ao deslocamento de pessoas e capital. Essa decisão permitirá o reinício dos vôos comerciais entre os dois países e o desbloqueio de cerca de US$ 1,3 bilhão em bens congelados nos Estados Unidos.

Familiares americanos das 270 vítimas do atentado de Lockerbie, de 1988, pressionavam Bush para que anulasse as sanções impostas contra a Líbia, a fim de que o país pagasse indenizações de cerca de US$ 2,7 bilhões. A Casa Branca disse esperar que os familiares das vítimas recebam suas indenizações.

O porta-voz do departamento de Estado, Adam Ereli, afirmou, no entanto, que as ações não significavam "uma normalização completa" das relações entre os dois países, que reataram relações diplomáticas no fim de junho, depois de uma ruptura de 24 anos.

A Líbia, segundo Ereli, continua sendo uma fonte de preocupação para Washington, capital americana, especialmente em matéria de direitos humanos, liberalização política e modernização econômica.