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Movimento grevista avança no Grande ABC
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
02/10/2010 | 07:15
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Ontem, terceiro dia de greve, os bancários da região fortificaram as manifestações entre as cidades. O Sindicato dos Bancários do ABC priorizaram as mobilizações nas principais ruas do Centro de Diadema. As unidades dos centros de Santo André, Diadema e São Caetano estão quase todas fechadas.

De um dia para outro, o número de agências bancárias fechadas subiu de 85 para 100 no Grande ABC. As unidades da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú tiveram maior adesão ao movimento.

Até quinta-feira, em São Paulo, o balanço estimou adesão de mais de 28 mil bancários em 691 agências e 14 concentrações. Em todo o País, o número foi de 4.895 unidades. Em assembleia realizada ontem na sede do sindicato, em Santo André, os bancários avaliaram que a greve se intensificou na região. Por isso, foi decidido que a categoria irá manter a paralisação, por tempo indeterminado. A próxima reunião será na terça-feira.

"Nós estamos sentindo que os usuários estão mais sensibilizados de que realmente outro banco é preciso. Eles percebem o descaso para com os clientes, diante das enormes filas e taxas exorbitantes", enfatiza Adma Gomes, dirigente sindical em Diadema.

A classe trabalhista protesta contra a proposta feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), de reajuste salarial de 4,29% (índice da inflação). Os bancários pedem aumento salarial de 11%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 4.000, refeição e alimentação de R$ 510, além das cláusulas sociais. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Até o momento, a Fenaban não entrou em contato com os sindicatos da categoria a fim de retomar as negociações.

As pessoas que tentaram sacar dinheiro e pagar as contas no primeiro dia do mês não encontraram grandes dificuldades. Os caixas eletrônicos abertos nas agências foram a alternativa dos clientes. "Pelo menos tenho esse mecanismo para recorrer, além da internet", conta o publicitário Roberto Oliveira Paes, 27 anos.

O aposentado Antônio Pereira, 59, apesar de não ter computador e não gostar de utilizar o caixa, conseguiu sacar o dinheiro da conta. "Pelo menos consigo pagar meus boletos." Ir à lotérica foi a saída para a funcionária pública Neide Gomes, 33. "O problema maior é quanto aos processos que tramitam pelos bancos, como financiamento habitacional. Nesses casos, só nos resta ter paciência."




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