Nesse novo contexto, preço baixo e o melhor serviço oferecido serao definitivos para que ao telefonar a pessoa opte pelo número 15, da Telefônica, ou pelo número 21, da Embratel.  

Ana Paula é a garota propaganda da Embratel e Luana da Telefônica, ambas aparecem nas peças publicitárias das empresas que estao sendo veiculadas de forma intensiva nos diversos meios de comunicaçao.  

Na prática, durante o próximo mês, as duas operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicaçoes) cumprirao a tarefa didática de ensinar aos usuários a correta utilizaçao dos novos números. Só a Anatel gastará R$ 4 milhoes com publicidade, enquanto as operadoras devem dirigir, juntas, cerca de R$ 15 milhoes para fixar seus números na cabeça dos prováveis clientes.  

Nao é para menos. Afinal, atualmente, o usuário tem o costume de discar 11 números, às vezes 12, em uma ligaçao interurbana e terá de alterar uma ordem de códigos, discando 13 ou 14 números por vez, o que pode causar muita confusao.   

Para evitar dor de cabeça, o Diário se antecipa às operadoras e ensina ao leitor os procedimentos corretos para realizar suas ligaçoes a distância, dentro e fora do Estado de Sao Paulo.

 Nova etapa - Segundo o diretor de serviços da Embratel, Eduardo Levy, a possibilidade de o usuário escolher qual operadora prestará os serviços interurbanos abre uma nova etapa na telefonia brasileira - a era da concorrência.   

Mesmo assim, Levy deixa dúvidas se o critério de escolha das operadoras será o do bolso, isto é, o preço mais módico das tarifas. "A pessoa poderá escolher, nao necessariamente, a operadora que oferece a tarifa mais barata, mas aquela que presta melhores serviços, premiando o usuário."   

Levy sugere um pacote de serviços e, até mesmo, um plano de afinidade semelhante aos programas de milhagens oferecidos pelas empresas aéreas. Nesse caso, quem usar o código da operadora terá créditos em ligaçoes.   Recentemente, a Embratel lançou o Clube 21, destinado a cerca de 50 mil clientes corporativos em todo o país, que visa justamente oferecer descontos diversificados às empresas. As montadoras instaladas no Grande ABC, por exemplo, já se associaram ao clube, afirma Levy.  

O diretor da Embratel alardeia as vantagens da operadora sobre a concorrente, uma vez que o 21 da empresa serve para ligaçoes em todo o país, enquanto o 15 da Telefônica só pode ser usado dentro do Estado de Sao Paulo. "Além disso, nosso 21 serve também para ligaçoes internacionais", arremata Levy.  

A assessoria de imprensa da Telefônica informou que a empresa, seguindo uma determinaçao da Anatel, nao se pronunciaria sobre os novos procedimentos de discagem a distância. 

As campanhas - A campanha publicitária da Embratel foi criada pela agência Carillo Pastore Euro RSCG, com o bordao "Faça um 21". Os comerciais, sobretudo os veiculados na televisao, associam o número da operadora a situaçoes engraçadas. Sua missao é tornar o 21 uma espécie de sinônimo de ligaçao a distância, apregoam os criadores da campanha.   Em breve, Ana Paula Arósio receberá o auxílio dos três gordinhos que protagonizaram os comerciais da campanha do DDD.   

Luana Piovani foi escolhida pela Telefônica por transmitir ao usuário um certo sentimento de ternura à marca, que atravessa uma grande onda de rejeiçao por parte dos seus usuários em funçao de uma série de erros e deficiências operacionais cometidos desde que a mesma passou a operar no mercado paulista, em agosto do ano passado.  

No comercial, a atriz faz a seguinte afirmaçao: "A gente que é de Sao Paulo vai ter um número só para a gente, o 15". Vale ressaltar que o 15 só poderá ser usado nas ligaçoes interurbanas dentro do Estado de Sao Paulo.  

Juntamente com Luana, a Telefônica veicula comerciais com o ator José Mayer, que tem a árdua missao de transferir credibilidade à marca da operadora. Os comerciais sao assinados pela agência DM9.  

Enquanto isso, a Bonari, empresa-espelho que concorrerá com a Embratel no serviço de DDD e DDI em todo o território nacional, engatinha e nao definiu sequer sua logomarca, apesar de ter optado pelo número 23, ainda totalmente desconhecido do público.  

Da mesma forma, segundo a Anatel, a Megatel, empresa-espelho que concorrerá com a Telefônica na operaçao da telefonia fixa dentro dos limites do Estado, ainda nao solicitou à agência o número que deverá torná-la conhecida pelos consumidores.