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Discutindo o universo cultural

Ator e diretor de São Caetano, Erike Busoni apresenta programa de TV na web

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
15/02/2020 | 23:50
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André Henriques/DGABC


Erike Busoni é aquele tipo de pessoa que não desiste. Ativista no universo artístico, ator, diretor e criador do grupo de teatro de São Caetano Cia da Matilde, ele viveu momento difícil quando teve de entregar o galpão onde funcionava a sede de sua companhia teatral e travou batalha contra câncer no abdômen. Mesmo sem espaço próprio desde 2017, não deixou morrer sua companhia, que segue ativa e com diversos projetos. E a briga contra a doença foi vencida há cerca de quatro anos. “Nós, artistas, mudamos o rumo e seguimos. Nosso trabalho é nossa bandeira e nos atesta. Venci um tumor horrível. Mas azar o dele. Avisei desde o começo que havia escolhido o cara errado.”

E Busoni segue assim, lutando e se reinventando. Tanto que agora entra de cabeça em outra empreitada: a televisão. Ele apresenta o programa Cultura 100 Frescura, na Vox TV, que acaba de estrear e que pode ser assistido toda quinta-feira às 22h30 no www.facebook.com/voxtvoficial. Em breve a transmissão será realizada também pelo Instagram e YouTube.

Mesmo acostumado aos palcos, a câmera de TV não lhe causa estranheza. “Sempre fui muito televisivo também. Na Cia da Matilde experimentamos muita coisa em vídeo para as redes sociais. Sempre permeei a área”, afirma.

A ideia do Cultura 100 Frescura surgiu quando o ator deu entrevista sobre o tema na Vox TV. “Decidimos dia e horário e fiz questão de total liberdade para a criação. Eles (dirigentes da Vox TV) toparam”, diz Busoni. Ele explica que a ideia é falar de cultura de forma geral. “Cultura é muito amplo. Além do teatro, música, dança, audiovisual, diversidade cultural, literatura etc, que são as atividades artísticas ligadas. Temos a questão dos costumes, tradições, identidade cultural. O programa fala de tudo isso e um pouco mais, costumo dizer que é anárquico.”

O formato dá prioridade ao Grande ABC. Tanto que recentemente falou do trabalho da escritora andreense Dalila Teles Veras, por exemplo. Mas São Paulo não fica de fora. “Já fizemos uma matéria com a Cia de Teatro Heliópolis e foi super legal. No momento estamos com um grande amigo em Londres (Inglaterra), que irá nos passar visões sobre a cultura por lá. Portanto, é um programa sem qualquer tipo de frescura”, explica.

Ele faz questão de apresentar ao vivo. Deixa o projeto mais dinâmico, acredita. “Gravo diversos quadros durante a semana e na quinta, ao vivo, vamos comentando questões referentes à cultura e vamos chamando os quadros”, diz. Ele sempre conta com um convidado, que aproveita para comentar os quadros e as informações que são dadas no programa, além de poder falar sobre o trabalho que desenvolve.

Busoni acredita que estamos vivendo momento delicado, de retrocessos. Para ele, um projeto como este pode despertar “alguns desejos reprimidos, ideias escondidas e artistas em standby. O fato de estarmos em uma web TV que possui 12 programas e sermos o primeiro em visualizações nos prova que algo está florescendo”.

Além disso, o apresentador diz que o Cultura 100 Frescura pode contribuir para a arte local ao disseminar informações dos artistas regionais, alertando sobre políticas públicas necessárias e expondo melhor o mundo artístico ao público em geral. “Temos um quadro chamado Tá na Cara da Cidade, Só Você Não Vê”. Ele explica que é um dos mais repercutidos “e fala de projetos interessantes que estão escondidos”.




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