Segundo Parente, é provável, portanto, que o governo nao tenha que repor mais R$ 1,3 bilhao, como foi estimado no último dia 30. Neste dia foram anunciados aumentos de impostos de R$ 4 bilhoes, e uma antecipaçao de receita da privatizaçao da Telebrás, de R$ 1,4 bilhao. O governo ficou de comunicar como iria repor o total restante ao longo do mês de janeiro.
"Nós vamos calibrar na execuçao financeira", afirma Parente. A estratégia do governo, confirmada pelo ministro do Orçamento e Gestao, Paulo Paiva, é segurar as liberaçoes do caixa do Tesouro Nacional de acordo com as necessidades financeiras.
O problema de caixa do governo vai depender do tempo que o Congresso Nacional vai levar para aprovar a emenda da CPMF e a nova medida provisória com aumentos na contribuiçao previdenciária dos servidores ativos e criaçao da contribuiçao dos inativos.
Ao anunciar os aumentos de impostos no dia 30, o secretário de Política Econômica, Amaury Bier, disse que, se fosse necessário, o governo poderia promover novos aumentos de impostos para equacionar a questao das receitas da CPMF.
Parente afirma que a primeira missao do Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá chegar ao Brasil no final de fevereiro ou início de março. "Mas eles vao analisar os números do final de 1998", diz. O secretário explica que a questao da cobertura dos recursos da CPMF nao deverá ser questionada pelos técnicos do Fundo, nesta primeira avaliaçao.
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