O estudo deverá ficar pronto em três meses, e seu lançamento oficial será feito sexta pelo presidente do IFC, Peter Woicke, na sede da Fiesp.
Grajew ressalta que o Fome Zero não se restringirá a ações emergenciais, contemplando políticas estruturais. Uma das prioridades, para a qual o governo espera contar com o apoio da classe empresarial, é a oportunidade de emprego aos jovens. “Se cada empresa contratar alguns jovens, como um grande mutirão, a gente traz essa geração de volta para a sociedade”, diz Grajew. Segundo ele, o Sesc e o Senai já se dispuseram a colaborar com a formação profissional de parte desses jovens.
Como demonstração de que a contratação de jovens será uma prioridade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a visita do presidente mundial da Nestlé, Peter Bracbeck, para pedir a criação de 2 mil postos de trabalho para jovens. Bracbeck, que foi a Brasília anunciar a doação de mil toneladas de alimentos, aceitou a solicitação que, segundo a assessoria da empresa, não estava nos planos originais.
O governo conta ainda com apoio técnico de empresas. Especialistas em logística e distribuição do Grupo Pão de Açúcar passaram o dia em Brasília nesta quarta ajudando o governo a elaborar um esquema de distribuição de alimentos. “Estamos oferecendo nossa experiência para dar eficiência ao processo de distribuição”, diz Eduardo Romero, diretor de marketing do grupo. “A entrega tem de ser ágil e a questão do custo é vital.”
A consultoria é apenas uma das iniciativas do Grupo Pão de Açúcar, que está finalizando os detalhes da ação social que irá envolver todas as 500 lojas da rede em 12 Estados do país. A empresa pretende contratar 500 jovens, de 16 anos ou mais, para atuarem como Agentes Fome Zero. Eles ficarão encarregados de orientar clientes e funcionários a colaborar com as iniciativas do programa. Os jovens serão contratados por tempo indefinido, com oportunidade de construir uma carreira na empresa. “Dentro de 60 dias, o time já deverá estar contratado”, diz Romero.
A empresa pretende ainda ampliar seu programa de doações, que hoje contempla 130 cidades com 140 toneladas de alimentos por mês, para atender todos os municípios onde a rede está presente, com 250 toneladas por mês. São alimentos em perfeito estado de consumo, com pequenas falhas na apresentação ou embalagem.
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