De acordo com o Regran (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Grande ABC), a elevação realizada no álcool combustível ocorreu em função de reajustes realizados pelos produtores de cana-de-açúcar. “Os usineiros alegam que não têm o produto, que está escasso por causa da entressafra, e que vão começar o corte em abril”, afirmou o diretor financeiro do sindicato, Marcos Campagnaro.
A redução do produto contido na mistura da gasolina foi uma proposta feita pelo Ministério da Agricultura, por conta da pressão do setor sucroalcooleiro, que alegava haver risco de desabastecimento.
Nos oito postos pesquisados, a alta média do preço do derivado da cana-de-açúcar foi de 11,9%. O maior valor encontrado para esse item foi R$ 1,659. A elevação média do valor da gasolina ficou em 2,7% e o litro mais caro foi encontrado a R$ 2,199.
A média seria maior não fosse o fato de que dois postos não tinham majorado seus preços até esta segunda. Mas mesmo nestes os proprietários prevêem que haverá alteração nos valores nos próximos dias, em conseqüência de reajustes feitos pelas companhias distribuidoras.
“Estou vendendo o álcool a R$ 1,27, mas vou ter de aumentar para R$ 1,40. Eu pagava R$ 1,08, R$ 1,12, e subiu para R$ 1,26. Quem quer o produto hoje tem de se habilitar a pagar”, disse Marcos Campagnaro, proprietário do Auto Posto Shopping ABC, sem bandeira, localizado em Santo André. No local, ele vendia nesta segunda a gasolina comum a R$ 1,999, também ainda sem reajuste. “Tinha estoques e não sabia quanto iria subir”.
No Sereno AutoPosto, bandeira BR, também em Santo André, o preço desse derivado do petróleo estava a R$ 2,15, e o álcool, a R$ 1,29. O proprietário, Wilson Paes, ainda esperava o repasse da companhia, mas dava como certa uma elevação ainda nesta semana.
No Posto Alamos, sem bandeira, na avenida Lions, em São Bernardo, a reportagem chegou no momento em que os funcionários efetuavam a alteração de preços. A gasolina subiu 4,8%, para R$ 1,979, e o álcool, 5,4%, para R$ 1,359.
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