"Segundo o Mapa da Paz, os palestinos devem desmantelar as organizações terroristas e apreender armas ilegais", declarou Shalom em uma entrevista concedida ao jornal árabe Al Sharq Al Awsat, estabelecido em Londres.

"Os palestinos se comprometeram com ele, mas agora tentam chegar a um acordo com o Hamas e outras organizações para escapar de alguns pontos do Mapa da Paz (...) Este acordo seria uma violação do Mapa da Paz e significaria o fim do plano de paz", afirmou.

O chefe do governo palestino, Mahmud Abbas, realiza negociações com diferentes movimentos, inclusive o Hamas, para conseguir uma trégua dos ataques antiisraelenses, apesar de até o momento esse diálogo não ter dado nenhum fruto.

"Se o terrorismo continuar, não haverá processo de paz", disse Shalom. "Não faremos como o governo de Barak, que mantinha negociações sem levar em conta atentados e dezenas de vítimas", acrescentou.

O chanceler israelense destacou, por outro lado, que o Mapa não prevê uma retirada de Israel até as fronteiras de 1967. Afirmou ainda ter observado "durante reuniões com autoridades árabes uma mudança clara na posição dos países árabes em relação a Israel "depois do fim da guerra contra o Iraque".