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Gripe suína preocupa sem pânico
Evandro Enoshita e William Cardoso
Do Diário
02/08/2009 | 08:22
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A neurose envolvendo a gripe suína ainda não chegou às ruas, embora a preocupação com a doença exista. A reportagem do Diário esteve na manhã de ontem no comércio popular e em shoppings do Grande ABC. Viu moradores de quatro cidades da região (Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá) caminhando tranquilamente e se expondo a "riscos inevitáveis", sem traumas.

O fim de semana "normal" começou como se o Influenza A (H1N1) não estivesse no ar. Pouquíssimas máscaras ou outros materiais de proteção. Estavam lá as velhas e conhecidas aglomerações de sempre ao redor de bancas de roupa próximas das calçadas ou em praças de alimentação e parques infantis nos shoppings.

O vírus surgiu apenas em conversas entre vendedores e clientes, muitas vezes ganhando o lugar da camiseta ou do eletroeletrônico a ser comercializado. Sem pânico, só menção e expressões preocupadas. E negociações foram concluídas com sucesso ou não, independente da gripe.

O medo de contágio existe e é inevitável, mas parece não ter alterado significativamente o cotidiano de quem resolveu sair de casa e aproveitar a rara manhã sem chuva, apesar da temperatura baixa. Mesmo sem fomentar uma paranoia coletiva, especialistas lembram que os cuidados não podem ser esquecidos. Inclusive apoio psicológico, quando necessário.

Gripes são as responsáveis pelas mais graves epidemias modernas. O H1N1 e suas prováveis mutações ainda devem provocar muitas mortes nos próximos meses em todo o mundo. A chegada do inverno no Hemisfério Norte pode servir como um termômetro real da capacidade de proliferação do vírus - e de sua agressividade.

Estudiosos e autoridades sanitárias mundiais não têm um bom prognóstico a oferecer. Mas ninguém recomendou até agora que o ideal é permanecer trancado em casa, mesmo em dias frios e nublados.




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