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Homem é assassinado na frente da mulher e da filha
Glauco Araújo
Da Redaçao
21/09/2000 | 18:52
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O industriário Ozório Tomoo Saito, 36 anos, morreu às 19h de quarta-feira, depois de tentar escapar de um assalto na frente de sua residência, na Vila Santa Inês, em Ribeirao Pires. Ele estava acompanhado da mulher, Érica, 33 anos, e da filha Vitória, dois meses, em sua picape Ford F-250 prata placa DBE-9669. Mae e filha nada sofreram.

Saito havia acabado de chegar em casa, por volta das 18h45, e aberto o portao da garagem, momento em que percebeu a aproximaçao de um carro, possivelmente um Corsa cinza ocupado por três pessoas, sendo dois homens e uma mulher.

A vítima teria sido atingida por um tiro depois de ter entrado em sua picape e tentado fugir. Saito ainda deixou o molho de chaves pendurado no cadeado do portao. Ele deu marcha-à-ré e dirigiu pela rua na tentativa de chegar à avenida Humberto de Campos.

Saito foi perseguido e baleado. Ele desmaiou e o veículo, desgovernado, acabou atingindo o Corsa preto placa BUM-0890 e o Fiat Uno azul placa BHE-4057, que estavam estacionados na frente de um comitê político.

Depois de se chocar contra os carros, a picape invadiu a garagem de uma casa, estourando parte do muro e todo o portao de ferro da residência.

Alexandre Caetano, 42 anos, mecânico de manutençao que estava no comitê, prestou socorro às vítimas, chamando uma ambulância. "Estava trabalhando na hora do acidente. Procurei ficar calmo e ajudar os feridos", comentou.

Caetano disse também que ficou preocupado com o estado de saúde de Amador Domiciliano Rodrigues, que foi atropelado pelo terceiro carro envolvido no acidente. "Com o impacto da batida, o Corsa foi jogado para cima do Uno, que atropelou esse senhor", explicou o mecânico.

O mecânico contou que Amador chegou a ser lançado a alguns metros de distância. "Ele estava subindo a rua e procurou a calçada para tentar se proteger dos carros, mas acabou sendo atropelado", disse Caetano.

Segundo informaçoes de vizinhos, Saito estava desempregado, pois havia acabado de voltar do Japao, onde morou por algum tempo, o que poderia ter chamado a atençao dos assaltantes.

O casal morava no bairro há cerca de 11 meses e nunca havia tido qualquer tipo de problema. "Eles eram calmos, reservados, e nunca tinham sido assaltados", disse um dos vizinhos.

A casa pertence à mae de Érica e seria uma moradia provisória, até que o casal encontrasse outro local. "Eles nao queriam ficar lá por muito tempo", disse um amigo da família na saída do velório, realizado ontem na casa de uma tia de Saito, no bairro Bosque Santana, no mesmo município.

Os investigadores do 1º Distrito Policial de Ribeirao Pires vao apurar o caso para saber se o crime foi tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) ou encomendado por um grupo especializado em roubo de picapes.




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