Edenílson chegou ao Corinthians, em maio do ano passado, sem esconder a timidez e falando pouco. Desconhecido da maioria, o jogador então com 21 anos teve de se apresentar - "Sou um segundo volante veloz, que gosta de marcar e sair para o jogo" - e ainda revelou um sonho. "Quero cair nas graças da torcida do Corinthians", avisou. A função no meio parece ter ficado para trás, mas, como lateral-direito, ele conquistou de vez os torcedores e o técnico Tite.

Desde quando Edenílson assumiu a vaga de lateral-direito, para quebrar um galho com a lesão do titular Alessandro, agora será a primeira vez, para o jogo de quarta-feira contra o Emelec, que ambos chegam em condição de igualdade. E não há dúvidas sobre quem é o novo dono da posição.

"O Edenílson já está confirmado diante do Emelec. Tenho até de ver um trabalho para Alessandro voltar com naturalidade, passar um 'tirão' mais comprido (piques mais longos). Mas adianto que ele vai ter de brigar pela vaga. Hoje o titular da lateral direita é o Edenílson, mas pode ser o Weldinho ou o Alessandro, só que o momento é do Edenílson", diz, com satisfação pelo desempenho do atual titular, Tite.

Amigo inseparável de Paulinho e Ralf, Edenílson viu nos titulares, ambos jogadores simples, a fórmula de como se dar bem no Corinthians. A dupla de volantes, com quem disputava uma vaga, jamais deu brechas pelo espírito de garra e disposição apresentados nos jogos. Bom aluno que foi, agora ele tenta provar para o treinador que não há motivos para, por um bom tempo, Tite pensar em mexer na posição.

Alessandro, um dos mais antigos do elenco corintiano (chegou em janeiro de 2008, ainda para a Série B), ex-capitão de Tite e apelidado de guerreiro por nunca deixar de lutar, também parece notar que está difícil a competição com Edenílson. E até já treina como primeiro volante, posição que começou a carreira, para, quem sabe, dividir espaços na equipe com o novo "intocável" de Tite.