O nome de Medeiros surgiu pela primeira vez na sexta-feira, durante conversa de Guimaraes com deputados da Comissao de Direitos Humanos da Câmara. Segundo o deputado Carlos Santana (PT-RJ), coordenador da subcomissao criada para acompanhar o caso, Guimaraes citou Medeiros como uma das pessoas envolvidas na "máfia das funerárias".
Ao saber da conversa com os deputados, a delegada encarregada do caso, Marta Cavallieri, decidiu reinquirir Guimaraes nesta segunda-feira (17) para que as novas informaçoes constem do inquérito policial e sejam investigadas.
"Nao precisamos disso", disse neste domingo Medeiros, negando envolvimento com a máfia. "Somos uma empresa muito grande: temos convênio com 52 igrejas evangélicas para serviços de sepultamento." Medeiros disse ainda que se a sua empresa sepultou alguém por indicaçao de funcionários do Salgado Filho, ele nao teve conhecimento.
Ele contou que trabalhou no Salgado Filho como motorista de ambulância durante 22 anos. Deixou o hospital em 1993, quando foi transferido para a Fazenda Modelo, centro municipal de atendimento à populaçao de rua, onde se aposentou há dois anos.
Segundo Medeiros, desde que saiu do Salgado Filho ele é sócio cotista da Funerária Novo Rio. O ex-motorista de ambulância disse que nunca notou a existência de um esquema de propinas para funcionários do hospital durante os 22 anos em que trabalhou lá.
"Eu nao tinha grande contato com o Edson, mas o conhecia", disse Medeiros, referindo-se ao auxiliar de enfermagem. "Mas ele me parecia uma pessoa normal, nao tinha nada de louco."
Medeiros reclamou de estar tendo prejuízo em seu negócio desde que a história de Guimaraes passou a ser divulgada. "Perdi diversos convênios."
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