Nove pessoas, entre elas oito militares e um civil, morrem e outras quatro pessoas ficaram feridas, nesta quarta-feira, em explosões em um campo minado pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em uma área próxima ao município de Puerto Asís, no sul da Colômbia.

As tropas tentavam desobstruir a passagem de uma estrada da região, quando entraram em um terreno onde um grupo rebelde havia colocado minas, explicou o comandante do Exército na região, o general Roberto Pizarro. "No decorrer das operações ofensivas de controle de vias para permitir a livre movimentação dos habitantes, morreram um suboficial, sete soldados e um civil, ao acionarem um campo minado preparado pelas Farc", acrescentou o oficial.

Segundo Pizarro, outros quatro soldados ficaram feridos e devem ser levados para Bogotá. A morte dos militares aconteceu um dia após outros 15 terem sido vítimas de um ataque com explosivos perpetrado pelas Farc contra uma base da Marinha, no departamento vizinho de Nariño.

O ataque de Iscuandé - o pior nos cerca de três anos do governo do presidente Alvaro Uribe - também deixou outros 25 militares feridos, em sua maioria camponeses que haviam sido convocados no programa de 'Soldados do meu povo' através do qual o Exército aumentou o seu efetivo.

No comunicado desta quarta-feira, o Exército ressaltou que a morte dos oito militares e do civil "representa uma flagrante violação do direito internacional humanitário por parte das Farc, que continuam com seu propósito de preparar campos minados contra os soldados e a população civil".

Além das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, no departamento de Putumayo, em cuja jurisdição está Puerto Asís, atuam os grupos paramilitares de extrema direita que disputam com a guerrilha o controle de cultivos ilegais.