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Paim vota pela aprovação da reforma da Previdência
Do Diário OnLine
Com Agências
26/11/2003 | 18:48
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Fim do ministério. O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), declarou na tribuna da Casa que vai votar pela aprovação da reforma da Previdência, que deve ser apreciada, em primeiro turno, ainda nesta quarta-feira. Ao anunciar sua decisão, ele foi vaiado pelas pessoas que acompanham os trabalhos nas galerias.

De acordo com o parlamentar, é necessário reconhecer, durante um processo de negociação, a hora certa de ceder. Em todo o processo de debates em torno da proposta do relator Tião Viana (PT-AC), Paim disse que votaria contra a reforma caso quatro pontos do texto não fossem alterados: subteto, inativo, paridade e transição.

"O bom negociador sabe que negociar é avançar e saber ceder. Fizemos muito e temos muito a fazer, mas na hora em que eu não acreditar mais na palavra do presidente (Lula) tenho que deixar o partido e a política, por isso acredito que a PEC paralela seja votada em janeiro e que nós conseguiremos avançar. Por isso nosso voto será favorável", disse.

Berzoini - Antes de ir para a tribuna, Paulo Paim se reuniu com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini. De acordo com a Assessoria de Imprensa do ministro, o parlamentar pediu maior flexibilização na questão que trata das regras de transição para os servidores públicos inativos.

No entanto, o ministro disse ao senador que será difícil promover alterações na proposta do senador e relator Tião Viana (PT-AC).

Simon - De acordo com a Agência Senado, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) também assegurou voto favorável à reforma da Previdência por ter convicção de que ajustes serão feitos na PEC paralela. "Não me passa pela cabeça que o presidente da República, com sua biografia, haverá de falhar. Creio que em janeiro teremos sessão em que poderemos votar algo de positivo e concreto", afirmou o senador.

Crivella - O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) fez apelo aos líderes para que seja firmado acordo evitando a aprovação da taxação de inativos e pensionistas na reforma da Previdência. "O PL tenta até o último minuto construir uma reforma menos traumática", afirmou o senador. Crivella disse que o partido fecha questão sobre esse ponto. "Taxação nós não votamos", afirmou. Ele disse que o partido está empenhado na aprovação da PEC paralela para rever distorções.

"A responsabilidade conclama a votar a favor para evitar risco de colapsos nos estados. Mas o partido não vota a taxação dos inativos. Precisamos construir hipótese melhor", concluiu.




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