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Tucanos voltam a tentar CPI para a morte de Celso Daniel
Do Diário OnLine
Com Agências
19/04/2004 | 21:32
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Senadores tucanos iniciaram nesta segunda-feira uma nova investida em favor de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as circunstâncias do assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), recomeçou a colheita de assinaturas entre os colegas para a abertura da comissão.

No plenário do Senado, nesta segunda-feira, Álvaro Dias (PSDB-PR) destacou as declarações do médico João Francisco Daniel – irmão mais velho de Celso – sobre a suposta coleta de propinas para campanhas eleitorais do PT.

O oftalmologista e a família de Celso rechaçam a tese de crime comum e acreditam que o ex-prefeito foi assassinado porque estava prestes a desarticular um esquema de corrupção que estaria funcionando em setores da administração andreense.

Em entrevista coletiva na semana passada, João Francisco declarou que Gilberto Carvalho, atual secretário particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lhe teria dito, dias após a morte de Celso, que tinha a incumbência de levar dinheiro de propina para o PT e que esse dinheiro era entregue ao então presidente do partido, José Dirceu – atual ministro-chefe da Casa Civil.

Para Álvaro Dias, as declarações de João Francisco "inegavelmente dão novos contornos ao caso". Munido de uma entrevista concedida pelo médico ao jornal O Estado de São Paulo, no domingo, Dias destacou que o suposto esquema de propina e as circunstâncias da morte de Celso precisam de uma investigação. "Não é possível ignorar fatos dessa natureza."

Arthur Virgílio, que já fez duas tentativas fracassadas de coletar assinaturas para a abertura de uma CPI, afirma que hoje conta com 22 adesões – cinco abaixo do mínimo necessário. O tucano avalia que as assinaturas que faltam podem ser angariadas com as informações que o Ministério Público já coletou em investigações próprias sobre o crime.

O líder tucano sugeriu, em tom de ironia, que Dirceu e Carvalho, que ameaçam processar João Francisco por causa das denúncias, aceitem uma acareação com o irmão de Celso Daniel. Para Virgílio, o procedimento seria uma "prova de inocência" dos dois membros do governo Lula.




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