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Parque na Serra do Mar não sai do papel
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
20/10/2001 | 18:40
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A criação do Parque Caminhos do Mar, na região da estrada Velha, entre São Bernardo e Cubatão – com passeios por monumentos históricos, pela usina Henry Borden e pelo Parque Estadual da Serra do Mar – está à espera da assinatura de um convênio na Secretaria Estadual de Meio Ambiente desde abril deste ano. Somente com o contrato, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), um dos quatro grupos resultantes da cisão da ex-estatal Eletropaulo, poderá iniciar a captação de recursos para viabilizar o parque ecoturístico, localizado em uma área de conservação ambiental.

Quando estiver pronto, o parque terá visitas a monumentos históricos construídos em 1922, como o Pouso de Paranapiacaba (a Casa de Pedra), e o Rancho da Maioridade; a Calçada do Lorena; a estrada Velha; e a descida no trole ao lado da adutora que alimenta a usina. Para pôr todos os atrativos em funcionamento, porém, a Emae e a ONG (Organização Não Governamental) Vitea Civilis, parceira que deve co-operar o parque, terão de arrecadar cerca de US$ 3,5 milhões (aproximadamente R$ 9,7 milhões) para restaurar monumentos e outras obras.

Só que para conseguir investidores, a assinatura do convênio deve ser o primeiro passo. “Precisamos que a secretaria outorgue o direito de exercer atividades de lazer e ecoturismo e, depois, seja nossa auditora. Temos pessoas interessadas em investir nesse projeto; precisamos do convênio para buscar parceiros”, disse Lúcia Regina Silveira, coordenadora de meio ambiente da Emae.

Em maio do ano passado, ela previa que até o fim do ano o projeto tivesse andado, mas a morte do governador Mário Covas e o atraso na secretaria estacionaram o plano. Enquanto aguarda o convênio, a Casa de Visitas, que pertence à Emae e será o centro de recepção dos turistas, deve ser restaurada pela própria empresa; um edital para o restauro será publicado em breve. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente não localizou nenhum responsável para falar sobre o assunto.

Hoje, há visitas monitoradas com grupos de 20 pessoas duas vezes por semana. Até o fim do mês, duas maquetes estarão em exposição, uma com o perfil da serra e outra com a relação da Emae com todo o projeto. A intenção é atrair possíveis investidores para o Caminhos do Mar e mostrar ao público que visita a usina.




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