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São Caetano quer jogar no Anacleto Campanella
Edélcio Cândido
Enviado a Montevidéu
05/05/2001 | 18:47
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  Após a classificação às oitavas-de-final da Copa Libertadores, o São Caetano quer enfrentar o Palmeiras com um jogo no Anacleto Campanella e o outro no Parque Antártica. O presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, deseja premiar a torcida do Grande ABC.

“Vou me reunir com a diretoria do Palmeiras. Se não houver jeito, então teremos de jogar as duas no Morumbi.” A possibilidade é viável já que a Conmebol mudou o regulamento – que previa as partidas das oitavas só em estádios com 40 mil lugares – e autorizou o Palmeiras a jogar no Parque Antártica nas duas próximas fases.

A comissão técnica e os jogadores do Azulão consideraram a eliminação do Defensor (1 a 0) no Uruguai uma vitoria histórica do futebol do Grande ABC. “Tínhamos de vencer a qualquer custo. Era uma questão de honra. Por isso, a raça e a vontade falaram mais alto. Fizemos um primeiro tempo fraco, mas melhoramos muito no segundo”, disse o técnico Jair Picerni, no hotel.

O lateral-esquerdo Cesar, expulso no final do primeiro tempo, disse que foi provocado pelos reservas do Defensor. “Eles prometeram que iriam me quebrar. Eu só me defendi, mas sem atacar ninguém. Não entendi a minha expulsão”, disse o jogador que, suspenso, não enfrenta o Palmeiras.

A saída do ônibus do Azulão do estádio foi tumultuada. Alguns torcedores atiraram pedras no ônibus e quebraram três janelas, obrigando os jogadores a deitar no chão com a luz apagada. Tudo isso aconteceu mesmo com escolta policial, mas ninguém se machucou.

Em meio aos 8 mil torcedores uruguaios, a torcida Sangue Azul veio ao país representada por três torcedores (Fernando Canepa, Júlio César e Carlão), que viajaram 36 horas de ônibus até o Uruguai.

A imprensa uruguaia estampou manchetes como Adios las violetas – uma referência ao apelido do Defensor – na Copa Libertadores.




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