Pressionado pela necessidade de acelerar a retomada dos investimentos, o Ministério da Fazenda vive hoje um dilema em torno da renovação da linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com taxa de juros subsidiados, para aquisição de bens de capital.

Os empréstimos, com taxa de juros de 4,5% ao ano, têm prazo de validade previsto até 31 de dezembro. O BNDES tem autorização para financiar até R$ 44 bilhões com essa taxa de juros. A diferença entre os juros de mercado e a taxa da instituição é bancada pelo Tesouro Nacional.

O principal argumento para não prorrogar o benefício é a avaliação de que a decisão poderia levar os empresários a acelerarem a contratação dos investimentos neste fim de ano. Dessa forma, os investimentos amadureceriam mais rapidamente, ajudando a conter o fechamento do hiato do produto - a diferença entre a produção efetiva e a capacidade produtiva da economia - e evitando uma alta nos juros básicos em 2010. Adicionalmente, há avaliação de que medidas temporárias, se sempre renovadas, acabam por ter menor eficácia.