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Lula diz que reformas refletirão cabeça do Congresso
Do Diário OnLine
Com Agências
07/12/2003 | 22:12
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Durante entrevista coletiva concedida nos Emirados Árabes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que o Congresso Nacional é responsável pelas reformas que tramitam no Senado e isentou o governo da responsabilidade pelo texto aprovado. Segundo ele, tanto a reforma da Previdência quanto a tributária não serão a expressão do desejo do presidente ou de seus ministros.

Lula disse que "as reformas que saírem do Congresso são as que as cabeças dos políticos brasileiros permitem que saiam". De acordo com ele, o Executivo pode apenas acatar a decisão dos parlamentares.

“Não dá para você inventar. Não dá para você fazer uma reforma virtual, aquela do desejo do presidente, aquela do desejo do ministro tal qual. A reforma, na medida que entra no Congresso Nacional, será o resultado da visão do Congresso”, disse. Ele também reiterou que as reformas “são o resultado do grau de confiança da população”.

Na coletiva, Lula respondeu às perguntas dos jornalistas brasileiros que acompanham sua viagem. Ele rebateu as críticas de que ele viaja demais e disse que no ano que vem vai viajar menos, porque a semente que ele lançou em 2003 no mundo já vai começar a dar frutos em 2004.

“Com relação às minhas viagens, acho que o Presidente da República tem de viajar toda vez que ele considere importante viajar. Eu tenho consciência do papel histórico que estamos cumprindo lá no Brasil. Em alguns lugares que viajei vocês nem agüentaram cumprir a agenda porque eu viajo para trabalhar”, disse.

Comércio - No terceiro país de sua viagem pelo Oriente Médio, Lula declarou que o Brasil tem interesse em manter uma base comercial no Iraque. Lula disse que o setor de engenharia nacional desponta como grande força para conquistar espaço no país atualmente ocupado pelos Estados Unidos. Ele frisou ainda que a situação no Iraque deve ser conduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Lula disse que será possível colher no curto prazo resultados práticos das conversas com o mundo árabe. Ele ressaltou que a viagem não tem objetivos estritamente comerciais. “Tem conteúdo político e cultural”, disse. Ele reforçou que será uma oportunidade também de fortalecer o G-20, grupo formado por países em desenvolvimento - criado durante a Conferência de Cancún, no México. Segundo a Agência Brasil, o presidente disse também que o mundo árabe complementa o círculo de países com os quais o Brasil quer estreitar os laços. Estão entre eles os africanos, os asiáticos - Índia e China especialmente -, além dos países da América do Sul.

Lula salientou que o Brasil não pode ficar esperando que as oportunidades apareçam. “Precisamos mostrar ao mundo as coisas boas que temos, e temos muitas coisas boas para mostrar, como a competência produtiva, no agronegócio, científica e tecnológica”.

Ele alertou, no entanto, que apesar de fomentar as negociações com os países em desenvolvimento, o Brasil não pode prescindir das relações que mantêm com países ricos, como Estados Unidos e da União Européia (UE).




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