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Estradas para o litoral apresentam problemas antigos
31/12/2009 | 09:56
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Em dias de estradas superlotadas, os motoristas devem encontrar pela frente problemas antigos, conhecidos há muito nas rodovias que levam às praias do Estado - congestionamentos, acidentes, buracos e má sinalização em vias que devem receber 1,1 milhão de veículos até o fim do feriado de Réveillon.

No Sistema Anchieta-Imigrantes, principal ligação com o litoral, basta um acidente para o tráfego atingir o máximo da capacidade das rodovias. Com expectativa de movimento próximo de patamares recordes, o resultado deve ser mais lentidão no sistema que receberá, até domingo, cerca de 635 mil veículos somente na descida para o litoral.

Na saída do feriado, ontem, já houve problemas. Às 16 horas, eram registrados dois pontos de lentidão entre os quilômetros 46 e 53 da Rodovia dos Imigrantes e entre os quilômetros 20 e 40 da Via Anchieta. Também houve a quebra de uma carreta no sentido São Paulo da Imigrantes, o que levou à interdição de uma das faixas. Esse tipo de ocorrência já é suficiente para levar o sistema, cujo tráfego em feriados chega a 10 mil veículos por hora, o quíntuplo do movimento normal, a ficar por um fio.

No domingo passado, um único acidente, entre dois veículos e sem vítimas, levou as vias a funcionarem na capacidade máxima prevista em seu projeto. Com 8,2 mil veículos por hora, volume-limite para as cinco pistas que funcionavam naquele momento, a lentidão atrasou em até três horas o percurso para o litoral. Apesar dos investimentos na estrada, trata-se ainda de algo recorrente nas vias, que não têm área de escape.

"Em uma via onde acontecem mais de cem acidentes em feriados como este, o máximo da capacidade pode ser atingido sempre que alguma dificuldade represar o tráfego", explica o engenheiro Horácio Figueira, especialista em Engenharia de Tráfego. "Com trânsito represado, falhas mecânicas e elétricas são mais comuns e acidentes também."

No feriado de Natal, foram registrados 182 acidentes, num sistema por onde circularam 510 mil veículos, volume recorde para a época do ano - 25% maior do que o registrado em 2007, quando 412 mil veículos desceram ao litoral.

A Ecovias afirma que a falta de estrutura nas vias de cidades que receberão o tráfego da rodovia - como no trevo do km 273, na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Cubatão, sentido Guarujá -, que afunilam o tráfego, e veículos lentos trafegando na faixa da esquerda também colaboram para a lentidão, junto com o excesso de veículos. A sobrecarga na capacidade da rodovia, segundo a Ecovias, ocorre apenas em "momentos isolados" no sistema.




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