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Equador tenta impedir greve de transportes nesta 2ª
Do Diário do Grande ABC
04/07/1999 | 18:25
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O ministro do Interior do Equador, Vladimiro Alvarez, recorre neste domingo aos últimos recursos de que dispoe o Governo democrata-cristao do presidente Jamil Mahuad, para impedir uma greve anunciada para esta segunda por lideranças da área de transportes e de outros setores. ``Ainda nao tem nada decidido. Tudo depende do Governo e de sua demonstraçao de boa vontade para chegarmos a um acordo', reagiu o presidente da Federaçao dos Taxistas, Pedro Alava.

Em menos de 11 meses, o presidente Jamil Mahuad enfrentou cinco dias de greve nacional. Em cada uma dessas ocasioes, a principal acusaçao dos grevistas é a de que sua administraçao agravou a crise econômica que há duas décadas afeta o país. Um dos principais alvos de protesto é a recente alta de 13,5% dos preços dos combustíveis. ``Pedimos o congelamento do preço da gasolina, da mesma forma que nao pretendemos pedir a elevaçao das tarifas num contexto de crise como este', justificou Alava.

Se nao houver acordo, advertem os líderes sindicais, as ruas das principais cidades do país amanhecerao bloqueadas por veículos em sinal de protesto. A posiçao dos sindicatos dos transportes conta com o apoio da Frente Unica de Trabalhadores, um grupo de operários que prevê a realizaçao de manifestaçoes em todo o país a partir desta segunda, podendo se arrastar até quarta-feira. Além da contençao de preços de produtos essenciais como os combustíveis, os trabalhadores reivindicam junto ao Governo uma melhor política salarial e a reforma do sistema tributário.

Sobre esta segunda-feira pairam ainda as ameaças de grupos indígenas, que ameaçam realizar ``açoes surpresa de proposto'. O sindicalista Antobio Vargas, também à frente dos movimentos de protesto, ressaltou na semana anterior, durante entrevista à imprensa, a realizaçao de manifestaçoes nas províncias andinas, porque o ``Governo só entende a língua do cajado'. Sem se referir a detalhes sobre os protestos ``por motivos de segurança', Vargas admitiu que as manifestaçoes ``poderiam começar esta semana', afirmando ainda que ``lamentavelmente nao serao pacíficas'.




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