Ele é linguarudo, desdentado e seu rabo parece espanador. Aliás, essa parte do corpo, que atinge cerca de 1 m, garantiu seu nome: tamanduá-bandeira. O bicho pode ser encontrado em campos, florestas e cerrados das Américas do Sul e Central.

Tem hábito crepuscular, ou seja, fica mais ativo no fim da tarde e à noite, quando sai em busca de alimento. Possui focinho bem longo e excelente olfato, por isso, encontra facilmente formigueiros e cupinzeiros. Parte desses locais é destruída pelas poderosas garras que ficam nas patas da frente. Como não tem dente, retira formigas e cupins com a ajuda da língua grande e pegajosa, que pode medir até 61 cm. Deve comer 35 mil insetos por dia.

É tranquilo, silencioso e pacífico. Em geral, vive sozinho na natureza, sendo visto aos pares somente na época de acasalamento ou no caso de fêmeas com filhotes. Os adultos podem medir 2,20 m de comprimento (corpo mais a cauda) e pesar 60 kg.

A gestação dura, em média, 130 dias. Nasce apenas um filhote por ano, que é carregado nas costas pela mãe durante os primeiros meses de vida. É amamentado até seis ou oito meses, mas o bebê continua na companhia dela por quase um ano. Vive cerca de 15 anos.

Brasil tem três espécies

O tamanduá-bandeira faz parte da família Myrmecophagidae, composta ainda pelo tamanduá-mirim e tamanduaí. Os três têm características em comum: possuem garras fortes nas patas da frente, comem insetos capturados com a língua e ficam mais ativos ao anoitecer.

O mirim também é chamado de tamanduá-de-colete porque, além dos pelos dourados, o corpo apresenta pelagem que lembra essa roupa. Passa muito tempo sobre as árvores, onde encontra alimento. Quando ameaçado, apoia-se sobre as patas traseiras e abre as da frente para parecer maior.

O tamanduaí é o menor da turma, com 50 cm. É raro, encontrado apenas no Nordeste e Norte do Brasil. Conhecido ainda como tamanduá-anão, fica o dia todo em cima das árvores; dificilmente desce até o chão. A cauda funciona como quinta pata, ajudando-o a se prender aos galhos.